“As letras de Alice”: aventura inclusiva pelo abecedário

Escrito em letra ampliada, braile e Libras, lançamento infantil dialoga com crianças sobre pluralidade social e união familiar

“A” de Alice, de afeto e também de alfabetização. Em uma brincadeira com as letras unida ao universo lúdico, o escritor Elias Sperandio espera deixar o processo de aprendizagem mais divertido e acessível, para crianças com e sem deficiência visual ou auditiva. Inclusivo, o lançamento infantil As letras de Alice imprime o abecedário em três formatos: com fonte ampliada, em braile e Libras (Língua Brasileira de Sinais) – um QR Code direciona para a história contada em sinais.

No enredo, a jovem Alice e o irmão Kauê se divertem na casa da avó Dora, juntos de tios em um café da tarde com toda a família. Em meio às aventuras de pirata e sapateado no chão da sala, a protagonista leva mensagens sobre representatividade e valorização da cultura negra, ao apresentar nomes importantes da história brasileira, como a poetisa Carolina Maria de Jesus e o jornalista abolicionista Luiz Gama.

Ela escreve na
Folha colorida
Grandes
Histórias de heróis

(As letras de Alice, p. 7)

Especialista em produção, adaptação e transcrição de livros em braile, Elias Sperandio traz uma alternativa aos materiais paradidáticos, ao proporcionar uma experiência literária com histórias, personagens e ritmo na narração. “Os leitores em fase de alfabetização precisam do lado imaginativo nesse processo de aprendizagem. Por isso, crianças com deficiências visuais ou auditivas precisam desfrutar de uma literatura inclusiva, pensada e feita para que suas limitações não as impeçam de adquirir a linguagem”, explica.

Publicado com recursos do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o livro terá 700 exemplares distribuídos gratuitamente em escolas públicas. Para receber a obra nas instituições de ensino, educadores devem preencher um cadastro em formulário on-line.

FICHA TÉCNICA

Título: As letras de Alice
Autor: Elias Sperandio
Editora: Blitt
ISBN: 978-65-980012-0-9
Páginas: 20
Formato: 20 cm x 25 cm
Preço: R$ 38,00
Onde comprar: Editora Blitt

Sobre o autor: Elias Sperandio é pós-graduado em Formação de Escritores pela ESDC, bacharel em Letras e técnico em Artes Gráficas. Fundador da Studio Braille, é especialista em produção, adaptação e transcrição de materiais, livros didáticos e literários em braile e em fonte ampliada. Participou de inúmeros projetos de publicação na Fundação Dorina Nowill para Cegos, inclusive do programa “Leia para uma criança”, promovido pelo Itaú Social.

Sobre a ilustradora: Jéssica Góes é carioca e desde criança já rabiscava tudo: paredes, guardanapos e livros de matemática. Bacharel e Licenciada em Artes Visuais pela UERJ, utiliza a aquarela como principal técnica para suas ilustrações. Mulher negra, gosta de ilustrar a pluralidade; suas personagens costumam ser mulheres, pretas e indígenas.

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A incrível Biblioteca de Tianjin, na China

Somos cultura sim senhor e hoje vamos falar de uma biblioteca magnifica. Conheçam agora mesmo a Biblioteca  que fica em Tianjin, na China, e que é de tirar o fôlego.

O empreendimento foi construído pela  empresa de arquitetura MVRDV, e conta com área de 33,7 mil m² e capacidade para cerca de 1,2 milhão de livro, e foi inaugurada em outubro de 2017. 

Ao dar aos visitantes a sensação de que eles estão caminhando dentro de um olho, o átrio amplo, branco e bem iluminado com uma enorme esfera no centro rodeada por estantes que se espalham pela circunferência do espaço, do chão até o teto.

No entanto, a biblioteca dos sonhos de todo o amante de livros tem um problema: não tem livros.

Quando olhamos mais de perto, as extensas estantes são adornadas apenas com imagens de livros. Ou seja, o acervo é de “apenas” 200.000 exemplares. E quando na abertura do prédio, parte do acervo ficou em exposição espalhado pelas estantes.

Além disso ideia original teve que ser alterada para que a obra fosse finalizada no prazo de três anos e as estantes superiores ficaram impossíveis de acessar.

Mas a biblioteca tem outras salas com estantes normais, onde é possível acessar todo o acervo. Segundo o vice-diretor da Tianjin Binhai, Liu Xiufeng para o site Mashable, autoridades não permitiram colocar livros no saguão principal, que será utilizado para socialização e leitura.

O prédio ainda conta com dois pátios no telhado, salas de leitura, de áudio e de informática, escritórios, espaços para reuniões e auditórios. Mesmo sem sua principal atração, a biblioteca tem recebido mais de 15 mil visitantes toda semana.

Quero visitar!  Vamos a China?

Fonte: ExameCasa Vogue, O Globo,