Diário do Perné – 008: Representatividade da Sueli, a personagem surda da Turma da Mônica

Tenho sempre dito que a discriminação já sofrida por mim e por tantas outras pessoas com deficiência tem sido um empecilho para transformação social e progresso da sociedade como um todo. Dito isso, é importante o combate ao preconceito e a falta de informação, e eu como surdo e digno de respeito trago esse espaço para reafirmar a importância de se impor e lutar também pela representatividade.

No caso dos surdos, a representatividade na mídia é fundamental para a sua inclusão, e recentemente trouxe um caso que encheu meu coração de alegria e esperança. Sim, é ela!

Sueli, a nova personagem da turminha da Mônica, que é surda e está em construção pela equipe de designs da Produção Mauricio de Sousa, ao saber disso, por meio da Way Comunicação, assessoria de imprensa responsável pela divulgação da nova personagem, enviei perguntas para a Sueli, mas como estava muito atarefada e envolvida com a “Surdolimpíadas”, coube ao próprio Mauricio de Sousa, criador da personagem, responder as perguntas. Vamos a entrevista?

Eu também sou surdo, e descobri minha perda mais ou menos com 10 anos, sempre gostei de ler e os gibis da Turma da Mônica tem um papel fundamental desde criança na minha vida. Fiquei super empolgado com a chegada da Sueli na turma. Como foi para a equipe a construção da personagem?

Temos aprendido muito sobre a diversidade da comunidade surda tanto com a organização dos jogos surdolímpicos, como com a equipe da Derdic,
instituição sem fins lucrativos, mantida pela Fundação São Paulo e
vinculada academicamente à PUC São Paulo. Entidade essa que atua na
educação, acessibilidade e empregabilidade de surdos, além de oferecer
atendimento clínico para pessoas de baixa renda com alterações de
audição, voz e linguagem. Temos tido uma resposta muito positiva,
principalmente de crianças surdas que se reconheceram na Sueli.

Que legal poder contar com uma instituição que entende a realidade dos surdos. No caso da Sueli, ela aprendeu Libras quando? Sua família já está formada, também se comunica em Libras?

Sueli ainda está em processo de construção, que é sempre complexo e
exige muito estudo e pesquisa. Tanto as características como o universo
da Sueli ainda estão em processo de elaboração. Inclusive tem grande
importância a reação dos leitores que também nos passam suas impressões
sobre a personagem.

Quais as dificuldades encontradas para trazer a personagem para a Turma da Monica? Qual o impacto da chegada de uma surda na escola na sociedade no âmbito do Bairro do Limoeiro?

Estamos ansiosos para esclarecer todas as questões sobre a Sueli, mas um dos desafios será representar a comunicação em Libras nos quadrinhos. A chegada da Sueli ao Bairro do Limoeiro e à escola com certeza serão temas de histórias em breve, bem como sua interação com a família.

Qual a mensagem que a Sueli e a Turma da Monica vai trazer para crianças surdas e ouvintes, fãs da turminha?

Esperamos que a mensagem da importância da inclusão e do respeito às
diferenças, além de levar mais conhecimento sobre a diversidade da
comunidade surda. Quem sabe as histórias da Sueli também despertem nas
crianças e adultos a vontade de aprender Libras?

Obrigado Mauricio de Souza e equipe por trazer voz as nossas mãos e som aos nossos ouvidos, estou muito feliz por ter representante na turma. Sucesso para todos e boas vindas Sueli.

Agradecimentos:
BETE FARIA NICASTRO | Diretora
bete@waycomunicacoes.com.br
(11) 3862-1586 * (11) 3862-0483 * (11) 99659-2111
WAY COMUNICAÇÕES | WWW.WAYCOMUNICACOES.COM.BR 

Leia também:

Allanay Henrique – De Goiás para o Mundo.

Allanay é natural de Itumbiara/ GO, e representando essa cidade, ela já venceu o Miss Mirim Goiás 2016.

Agora os sonhos são outros, e setembro de 2017, ela representará a terra do pequi na etapa nacional junto com cerca de 45 candidatas de todo o Brasil, a ocorrer nos dias 28 e 29.

Aproveitamos que somos fãs dessa pequena, e garantimos um papo especial com ela que nos contou em poucas palavras seus gostos, seus sonhos e seu mundo. Vamos descobrir um pouquinho da vida dessa mini fashionista?

Escola: sexto ano;

Materia preferida: Matemática;

Cor: Azul;

Tv ou Celular? Os dois;

Sonho: Conhecer a Disney;

Música preferida: Sou humano, — Bruna Karla;

Dança: Balé!

Miss Brasil: Se Deus quiser, “vai dar tudo certo”;

Amizade: É querer estar junto e amar sem querer nada em troca;

        Família: Sou o que sou, porque tenho ela do meu lado;

Deus: Tudo na minha vida , sem ele não sou nada!

Com 11 anos recém completados, essa princesa vai longe.

Allanay,

Parabéns por ter chegado até aqui, estamos na torcida! Felicidades!

Entrevista Inédita: Julyana Mendes — A mãe de Sete.

A matemática faz parte das nossas vidas. E gostando ou não os números. E juntamente com eles vem as contas de somar, multiplicar, subtrair e dividir. Quase ninguém é fã, é verdade, mas hoje vamos falar de uma soma e números bem legais, pois é de uma família muito especial.

Um dos números, é o 40. Que é a idade da super mamãe Julyana. Ela já está mais que acostumada com números, e nem estamos falando de contas e despesas!

21 é a idade do Pedrão seu primogênito, fruto do seu primeiro casamento.

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É, aí vai mais um número: 3 casamentos.

No segundo, vieram o Luís Felipe e depois o João Eduardo hoje com 13 e 10 anos. Depois foi o “Hoje é dia de Maria, com 3 lindas Marias: Maria Carolina, Maria Eduarda e a Maria Fernanda, que chegaram todas de uma só vez, gestação trigemelar. E mais um número na vida dessa família: 7 anos cada uma.

Dai veio o terceiro casamento com o Kleber, e acrescentou mais uma Maria, dessa vez a Maria Beatriz, com quase 1 aninho.

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À espera de Bia!

Na matemática, 3+4 é 7. E ele vem depois do 6 e antes do 8.

No Futebol, 7 é o número da camisa que os craques Zagalo, Robinho, Hulk, Lucas e Bebeto em pelo menos uma vez na história do futebol brasileiro.

Na música, a cantora Rita Lee já fez as contas: 7 dias da semana, 7 notas musicais, 7 anjos, 7 sombras, 7 pecados capitais… 7 e 7 são 14, com mais 7, 21.

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Pra não esquecermos de ninguém. E não esqueçam os números!

7 está presente nas nossas vidas e é o número perfeito da mamãe Julyana. E hoje ela conta para o bloguinho a incrível rotina de ter 7 filhos.

Profissão: ser mãe? Será que existe o que “nasci para isso”? Já se imaginou ser mulher sem filhos?

Minha profissão hoje é essa. Mais que isso: uma missão que eu nunca planejei. Mas aconteceu.
Sonhei ser executiva, viajar, e ser influente. Sonhei ser meu pai. Hoje sou minha mãe. Eram duas referências para mim e nunca imaginei seguir a segunda. Mas foi uma escolha que hoje tenho certeza, acertada. Até porque é mais completa, já que inclui nisso ser palestrante e compartilhar minha experiência com outras mães.

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1, 2, 3, 6, 7 – Qual a maior dificuldade em ter 7 filhos? Já chegou a desesperar com tipo: “Aí meu Deus, não estou dando conta”?

São duas as maiores dificuldades: a financeira, óbvio. Que é tudo muito planejado, apertado e escolhido. E a de atender a demanda de 7 pessoas diferentes e que te exigem o tempo todo. Trabalho impossível e que hoje sei ser desnecessário. Não precisamos atender 100% da demanda deles, nem se pudéssemos.

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Do lado financeiro, quais dicas que você dá para outras famílias grandes para não estourar o orçamento?

Quanto ao financeiro, como já mencionei, fala-se de planejamento. De cuidado com excessos. De valorizar tudo.
Presentes só em dias especiais e não são os mais caros. O casal tem que estar alinhado e conversando o tempo todo entre eles e lógico que a medida que forem crescendo as crianças tambem devem ser envolvidas.

Qual a rotina da mãe de 7 com filhos de personalidades diferentes?
Tem um que exige mais atenção, ou dá mais e menos trabalho em casa ou escola?

Planejada, já que assim fica mais fácil.
Minha rotina é organizada de acordo com as atividades deles. Assim consigo organizar a minha.

Todos exigem atenção. Um na carência, outro nos estudos, outro mais tímido. Depende  muito do dia até do turno (kkkk). Assim fico me alternando.

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Nas redes sociais, vemos a rotina de férias das crianças. Se não tem viagem, eles ficam entediados?

A não ser final do ano que viajamos juntos para um lugar que a família tem casa. Dai não pagamos hospedagem (kkkkkk). Nas outras férias a aqui em casa é em casa. E fazemos programas juntos, e por eles serem muitos caseiros, se entediam com menos facilidade.

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Os 7, se preparando pra entrar na piscina!

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Muita diversão!

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E dentro de casa!

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Hora só das meninas: Clube das Luluzinhas!

As pessoas costumam lhe criticar pela quantidade de filhos, talvez ser considerarem ser demais para uma única mãe? Qual a maior dificuldade para criar filhos responsáveis e generosos neste mundo cheio de mal exemplo?

Não recebo críticas não. Espanto, surpresa sim. Mas crítica não.
Se você está em casa, passa valores, observa o dia a dia, o mundo é real, tem exemplos ruim, mas eles irão saber lidar com isso e fazer escolhas melhores. Valores, isso é essencial!

Os meninos estão cada dia maiores, e aos poucos vão tornando “independentes”. O Pedro por exemplo, já está na faculdade e vai criando “asas”… E no futuro as meninas. Como se sente, em saber que um dia vão sair de casa e ter sua própria família?

Não penso muito sobre isso. Mas a ideia é prepará-los para irem mesmo. Para viver e serem felizes. Vou sentir, óbvio, mas tem muito tempo ainda para me acostumar. Bia mesmo, só tem 1 aninho, vamos aproveitar muito.

E como é ser mãe e ainda assim ter tempo para você como mulher e esposa?

Ser mãe, é prioridade para mim, entende? Mas eu organizo a rotina para não me descuidar e mais que isso conto com ajuda, muita ajuda, de mãe, de sogra e de tia, para poder estar sempre cuidando de mim e saindo com o marido.

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Momento a 2!

Como surgiu a ideia das redes sociais, e qual foi o segredo para atrair tantos seguidores e curiosos? E o seu marido, o que ele acha da exposição da imagem de seus filhos?

As redes sociais é um projeto grande, que surgiu quase sem querer. Quando vi foi crescendo. Sou atípica e isso chama atenção, normal. A exposição não me incomoda, nem ao meu marido, pois existem limites para ela e tenho cuidado com isso.

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Família reunida!

Quando não é mãe, mulher e esposa, o que você faz?

Meu trabalho hoje é o projeto “Mãe de Sete” que hoje é mais que o Instagram. São as palestras que participo com o objetivo de ampliar informações, de compartilhar experiências e de aprender com mães de todo o país.

E voltando ao o que é ser mãe de sete…

Ser mãe é estar presente, olhar no olho. Enquanto uma criança brinca ela te olha no olho, 30 vezes no período de 1 hora. Ela quer aprovacão, que você a veja. Se nesse período, vc esta no celular por exemplo, perde muito.

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O número perfeito da Ju: 7!

E de todas as coisas que já amou, existe o amor maior de mãe para filho?

Então, amor de mãe é estar presente quando estiver. Não é o dia todo, é qualidade de tempo, não quantidade. Amor de mãe não há igual e não me vejo sem meus filhos.


 Ju, 

Que Deus abençoe bastante, para que possa continuar mostrando amor, zelo e abnegação a sua família. Que todos vocês tenham muitá saúde, e sejam muito felizes! 

Obrigado pelo tempo dispensado em responder os vários e-mails e mensagens!


Entrevista Concedida por e-mail pela mamãe Julyana em Novembro/2016 ao Blog dos Pernés. — Todas as Fotos foram autorizadas a reprodução e foram retiradas do Instagram @maedesete.

Entrevista Inédita: Débora Olivieri

photoDébora Ida Szafran, ou Débora Olivieri como é mais conhecida, tem 58 anos de idade, sendo 42 de atriz. Ela tem duas filhas, a Julia de 31 anos e a Fernanda de 28. Já fez muita teatro, cinema e novela. Namora atualmente o holandês Rudd Dankers, que conheceu através do aplicativo de relacionamentos Tinder.

Quais cuidados que você tomou e que devem ser tomados pelos que usam esse tipo de aplicativo?

Minha filha insistiu para que eu entrasse neste aplicativo e conhecesse alguém interessante. Resisti bastante, mas eu estava há 15 anos sem me relacionar com ninguém e sentia falta de um companheiro.

O Ruud estava no Rio, tinha chegado ao Brasil naquele dia. Procurei na Interpol e na internet tudo o que pudesse ter sobre ele contra ou a favor. Começamos a conversar, saímos e, desde então, sempre que possível estamos juntos. E por incrível que pareça tive muita sorte. Não conseguimos ficar mais de um mês separados e posso dizer que fui sorteada sozinha na Mega Sena, ao encontrar este amor incrível, sincero, honesto e cheio de outros adjetivos absolutos que me fazem feliz e completa.

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Débora e Rudd

Por que escolheu atriz, como profissão? Sabe dizer quantas participações em Novelas, Filmes e Teatros? Qual mais gostou?

 Sou atriz há 42 anos e amo o que faço. Acho que foi a profissão que me escolheu. Amo ser atriz, desde criança. Se for contar todas as participações não caberia nesta entrevista. Mas confesso que meu melhor papel é sempre aquele que vivo no momento. Não consigo lhe dizer o melhor deles. Gosto de todos eles. Vivo o presente e dou a cada personagem a vida que ele merece.

Já trabalhou em algo que não gostava? Na sua opinião  qual a importância em trabalhar com o que gostamos? 

Já fui gerente de boutique, tesoureira de banco e trabalhar com o que gosta e viver do que trabalha é tudo na vida. Todos trabalhos que fiz foram necessários para sobreviver, mas junto a isso, sempre fui atriz, tendo começado aos 16 anos. Por sorte, hoje sou independente com na minha profissão, e isso não tem preço.

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Com Glória Pires, Thalita Lippi, Thiago Rodrigues e outros colegas de elenco da novela Guerra do Sexos.

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Semiramis, a personagem em Guerra dos Sexos. FOTO: Rede Globo.

Quais preparativos que você faz para viver uma personagem? Consegue se desligar da personagem quando acaba a gravação? 

Sou muito dedicada a cada personagem que recebo para viver. Estudo muito e quando saio do teatro, set de filmagem ou TV, deixo os personagens no cabide do camarim e não os levo para casa.

Na TV já foi a Inês de Terra Nostra, Matilde de Aquarela do Brasil, Carmem de Chiquititas, Semiramis de Guerra dos Sexos, e atualmente vive a Ana de Êta Mundo Bom! Qual desses personagens foram mais marcantes?

Viver a Inês de Terra Nostra me deu muito prazer. Talvez posso dizer que que até agora foi o que mais gostei.

Em Chiquititas viveu a vilã Carmem. Também se mudou para Argentina? Como foi trabalhar com crianças?

 Sim, vivi na Argentina por quase 4 anos, e amei essa experiência. Adorei a experiência de trabalhar com crianças e saber que influenciei artisticamente mãos deles. Às vezes encontro o pessoal que agora são adultos, e acho lindo ver a trajetória que cada um deles seguiu.

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Em Chiquititas ela viveu a Carmem por 3 temporadas e contracenou com muitos artistas talentosos e reconhecidos hoje em dia: como Flávia Monteiro, Oscar Magrini, Fernanda Souza, Jonata Faro, Carla Diaz, Nelson Freitas entre outros. (Foto de 1998, 1ª Temporada da novela)

 

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Caracterizada como Rosa, personagem que viveu recentemente no Teatro, na peça de mesmo nome.

Hoje, está novamente na Globo, mas já trabalhou em várias emissoras, passando por SBT, Band e Cultura. O que mudou na TV nos últimos 30 anos na sua opinião para melhor e para pior? O que você acha da programação televisiva hoje? Qual o futuro da TV?

Acho que é um avanço a TV se acoplar com a internet. E creio que quanto mais emissoras e programas alternativos houver, melhor será para o ator que tem mais oportunidades de trabalho e melhor será aos espectadores, no sentido do poder de escolha por ter variedades. Não haverá monotonia e cada um poderia ver o que quiser em que veículo puder ver e a qualquer hora. Muita coisa mudou nestes últimos anos e acho que muito ainda haverá de mudar. Gosto disto: Mudanças e avanços.

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Arquivo Pessoal da Atriz.

O que faz e gosta de fazer nos momentos de folga?

Gosto de ir ao cinema e ao teatro. Amo ouvir música, ler e correr, ler. E de vez em quando, não faço nada mesmo (risos).

E viajar? Das Viagens pelo Brasil e mundo: onde já foi? Qual lugar preferido? E onde ainda não foi e quer ir?

Amo viajar e sempre que posso viajo. Já fui a China fazer cinema e adorei a experiência. Na Argentina como já disse, morei por 4 anos, devido as gravações de Chiquititas.

Amo a Holanda e na Europa amo Itália, Espanha, Portugal Quero conhecer mais e mais. Amo também Nova York e confesso que do Brasil conheço pouco. E quero muito viajar um pouco no Brasil e conhecer Natal, O Pantanal, Fernando de Noronha e Inhotim.
Quais os projetos e expectativas para o futuro como atriz, mulher e brasileira?

 Queria muito ver o Brasil sair desta situação tão difícil que se encontra. Queria muito um Brasil sustentável, honesto e diversificado. Queria que o futuro fosse mais saudável e menos desigual.  Meus projetos de futuro são estar sempre com lindos personagens para viver, e muita saúde para sempre estar no ar, no palco e no set de filmagem. Amo trabalhar e é isso que quero. E claro: Mais amor, por favor.

Débora,

Agradecemos o carinho e atenção para conosco. Estamos lisonjeados e muito felizes por poder nos respondido e cedido seu tempo para responder essas perguntas. Desejamos muita saúde, amor e felicidades, pois você merece!

Mande lembranças para o Rudd, para a Luciana e Fernanda.

Abraços!

Continue reading “Entrevista Inédita: Débora Olivieri”

Entrevista : Lilian Lemos Machado

Lilian Lemos do "Amanhã Vou Assim", da "Eu sou +Plus" e da Eu sou é Plus
Lilian Lemos do “Amanhã Vou Assim”, da “Eu sou +Plus” e da Eu sou é Plus

 

Nascida à 38 anos em Brasília, ela se formou em Marketing e Propaganda.

Hoje ela é especialista em varejo e organizadora de eventos, já foi dona de um agencia de publicidade, e de salão de beleza.

Hoje administra um loja virtual, um site e publica uma revista, ambos de moda voltado ao mundo Plus Size. Ela é mãe do Jonas e da Júlia e casada com o Marcelo.

Um salve para Lilian Lemos Machado, essa super mulher é nossa grande parceira e é a entrevistada de hoje, ela conta tudo pra gente, “tim tim por tim tim”.

Você sempre gostou de moda?

Sempre, desde que me entendo por gente amo moda e amo organizar festas. Era normal as amigas me procurarem para ajudá-las com seus “looks” de fim de semana e nas organizações das festas.

 

O que é dispensável e indispensável no seu guarda roupa?

No meu closet eu não dispenso um salto alto e uma calça “flare” estampada. Agora, roupa curta não entra. Simplesmente não curto (risos).

De onde surgiu a ideia de fazer o AVA – Amanhã Vou Assim? E como foi abandonar a profissão que tinha escolhido, para trabalhar com moda?

Logo após o segundo parto não consegui perder nenhum quilinho. Ainda assim não abandonei a vaidade e continuei me arrumar quando saía. As minhas amigas questionavam como eu sempre estava na opinião delas, bonita nos compromissos. Comecei a postar algumas fotos de revistas no Instagram com a legenda: Meninas, amanhã vou assim!

Hoje eu continuo trabalhando com todas as funções, o Ava no começo era uma brincadeira entre nós, mas com o tempo virou parte da minha rotina.

Foi difícil mudar de área de trabalho? Teve algum medo?

Nós tínhamos uma Agência de publicidade, então a mudança de foco foi natural, para mim não foi difícil, até porque eu amo moda, ela flui na minha boca e olhos!

Que dica dá para alguém que quer mudar de profissão para trabalhar com o que gosta?

Trabalhar com amor é não trabalhar. Fazer o que gosta não dá trabalho!

Pode não ser o mais rentável, mas fazemos com facilidade, fazemos mais e o pagamento um dia vem.

Fale sobre o termo “Plus Size”.

O Plus Size veio para setorizar o tamanho grande, seja em comprimento ou largura. No Brasil o Plus Size começa no tamanho 44, masculino ou feminino.

Sobre moda Plus Size, o “gordo” ainda tem muito preconceito ou já é bem aceito? O que na sua opinião pode mudar?

O Plus Size está em crescimento abundante a três anos. Indústrias e prestadores de serviços estão voltados para esse nicho. A especialização é necessária e a demanda existe. O preconceito vem junto, afinal, foram anos de ditadura do tamanho ideal. A necessidade e o respeito são primordiais na mudança de pensamento do consumidor.

Qual a peça ou quais peças curinga que uma mulher Plus Size tem que ter?

Duas: Calça “flare” e saia “sino”. Os dois modelos disfarçam a largura dos quadris e abdômen.

Periodicamente você tem lançado edições da revista “Eu sou é Plus” e tem um site, como tem sido esses projetos?

A revista é um amor da minha vida, adoro fazer as fotos e é cheio de informações de moda para Plus Size. Está em processo de mudanças para ser um compêndio. O site era necessário, foi um passo a frete a ser dado às consultorias.

Qual o diferencial do site amanhavouassim.com.br?

Gosto de tudo que escrevo e faço para o meio Plus Size, pois é avaliado de acordo com as necessidades reais da mulher Plus. Além disso, tenho quatro colunistas maravilhosos: Dariane Valle do “Moda e Gestão” que fala sobre motivação pessoal e profissional, Barbara Frossard modelo e maquiadora profissional traz as novidades e dicas de maquiagem, Indianira Rocha que mora no Piauí e é dona da “Privilége” fala sobre moda feminina Plus Size e você, Thiago Perné Santos que fala sobre moda masculina Plus Size.

No início do ano você lançou um novo projeto, uma loja online?

Há seis meses lancei a “SouPlusStore”, um e-commerce de moda Plus Size feminina. E lá exerço todo o lado consultoria de moda da Lílian Lemos. As parceirinhas acontecem com tanto carinho, que é uma satisfação.

Se sente completa e feliz trabalhando com o que gosta?

Completa? Acho que nunca vou achar que já fiz tudo! Toodo dia acordo com vontade de fazer algo que ninguém fez. Meu pai dizia: “Acorde hoje com dez ideias diferentes de ontem, e se você conseguir executar quatro, sucesso garantido!”. Imagina???

Novos projetos? Sempre!!!

Pode nos antecipar algo? E a surpresa? (risos).

Como concilia o tempo de trabalho, o papel de dona de casa, mãe, esposa?

Eita!?! Sabe que nem sei…. (Gargalhadas). Brincadeira! Sei sim, minha família.

Tenho um marido que me apoia muito e ainda recebo ajuda de uma babá. A família é minha prioridade, estar com eles é bom demais!

Entrevista Inédita: Stela Freitas

 

Ela deu vida em 1978 a Cuca da primeira versão do Sítio do Pica Pau amarelo, esteve na novela de sucesso “Sassaricando” e no aclamado filme “Central do Brasil”. Hoje com mais de 40 anos de carreira e com 64 anos de idade, ela é mãe da Ana, atriz e diretora brasileira Maristela Andrade Freitas, mais conhecida como Stela Freitas fala da sua vida ao Blog.
Por que escolheu ser atriz?
Desde pequena eu queria ser atriz, foi o que eu fiz apesar das adversidades, nunca desisti. Procurei, estudei e trabalhei muito e continuo até hoje.
O que mudou na TV com o passar do tempo? Essas mudanças foram boas para a classe artística e como é sobreviver disso por tantos anos num país que passa por tantas crises econômicas?
O mundo mudou muito depois internet. Não só a TV, mas também a música, o teatro, e o áudio visual. Todos acabam se adaptando. Não podemos dizer o que será daqui em diante, talvez as novelas mudem.  As séries hoje são muito melhores, as produções independentes estão ocupando espaço. Não existe nenhuma segurança para o artista. Quem quiser segurança deve mudar de profissão, pois vivemos na corda bamba, desde a Idade Média e este é o nosso talento.
Cândida, a personagem aplicada da
“Escolinha do Professor Raimundo

Grandes investimentos são feitos pelas grandes Redes de TV. Mas as vezes penso que a qualidade da programação deixa a desejar, o que pensa sobre isso? O que acha ainda pode ser feito?

A TV aberta se destina a um público de baixa renda mas isso tem mudado. Existem muitas opções na web, as TVs sabem estão testando tudo pela audiência.
Penso que o melhor é apostar na diversidade de programas e no futuro deve ser “On Demand” (cada um escolhe sua programação).
O Sítio do Pica Pau Amarelo”, “Sassaricando”, “Senhora do Destino”, “Escolinha do Professor Raimundo” são alguns destaques da sua carreira. Como é fazer personagens para diferentes públicos? Qual a personagem que mais se identificou até hoje, qual mais gostou de fazer?

Gosto de fazer personagens bem diferentes, para públicos distintos, um exercício muito interessante. Gosto muito de fazer comédia, se for possível faze-lo em novelas (Sassaricando) ou em programas de Humor é muito bom. Mas se o personagem é bom, tanto faz, as vezes o drama pode ser muito rico.

“Carolininha” e Saraiva de Zorra Total
que tinham tolerância zero para perguntas idiotas.
Stella em pé atuando em Escolinha do Professor Raimundo com grandes nomes como Grande Otelo,
Tássia Camargo, Zezé Macedo e Claudia Jimenez – FOTO: Memória GLOBO
No Teatro o que fez que mais gostou?

” Foram tantas peças, tanta coisa boa e que gostei, dentre tantas posso mencionar “Aurora da minha vida”, “O doente imaginário” e “Querida Mamãe”. 
Amo as cenas de sua participação em “Central do Brasil”, onde viveu a Yolanda. Como foi fazer parte de uma produção tão premiada e internacional que mostrou a cara do povo brasileiro e contracenar com grandes nomes?

Central do Brasil foi um filme muito especial, principalmente pela direção de Walter Salles e pelos atores: Fernanda Montenegro, Marilia Pera, Vinícius de Oliveira, Othon Bastos, Mateus Nachtergaele, e muitos outros com menores participações. Tudo era muito bom: o roteiro, a fotografia, a arte, a produção, tudo isso com a direção segura e inspirada do Walter. Eu adorei fazer, era um papel totalmente diferente pra mim. Fernanda é uma grande colega além da generalidade como atriz, isso ajuda muito. Fizemos todas as nossas cenas de primeira.
O que gosta de fazer quando não está gravando?
Sou Coach: Life Coach (ajudo as pessoas realizarem seus sonhos). Gosto de ler, caminhar, fazer exercícios, viajar, sair com amigos, ir ao teatro e cinema.

 

Sobre amizades, tenho certeza que fez muitas amizades com grandes nomes da TV e Teatro, alguma em especial? 

Foram muitas amizades com muitos atores a atrizes incríveis que contracenei nessa trajetória de 40 anos, alguns são amigos queridos desde adolescência, além de grandes atores amigos, entre eles: Edwin Luisi, Cristina Pereira. Mais tarde: Sylvia bandeira, Betty Faria.Álbum:

Stela e um dos grande amigos, Edwin Luisi 

 

 

 

Divulgação de uma peça com a atriz Cássia Linhares
Com a filha Ana Freitas e a grande amiga Sylvia Bandeiras