A vida amorosa das pessoas com deficiência

Falar sobre questões que envolvem pessoas com deficiência sempre foi um desafio, já que sempre vive esbarrando nas mais diversas áreas, sendo elas científicas, educacionais, éticas e até culturais.

E quando o assunto é amor e relacionamentos infelizmente entramos também no campo da estética e das vaidades humanas. Tanto é que em 2012, a BBC transmitiu um programa que falava do relacionamento das pessoas com deficiência. E foi o constatado que o preconceito existe, já que em determinada pesquisa, ficou constatado pelo jornal britânico The Observer, que 70% dos entrevistados disseram que não fariam sexo com uma pessoa com deficiente.

Imagem: Reprodução da Internet

Mas as coisas estão mudando. E de acordo com o site “Sem Barreiras”, a internet tem contribuído para que um grande número de pessoas com deficiências encontrem seus amores e parceiros nos sites de namoro e relacionamentos. Isto porque os primeiros contatos virtuais por e-mails e outras formas de bate-papo via computador eliminam o impacto inicial, o estigma, os preconceitos herdados culturalmente de quem vê uma pessoa com deficiência pela primeira vez.

Imagem: Reprodução da Internet

De modo algum devemos estranhar o namorar de alguém deficiência, desde que esse alguém não seja também “deficiente”. Pois na minha família mesmo tem pessoas com deficiência visual que são casadas com outras pessoas com deficiência visual, e eu conheço pessoas surdas que são casadas com outros surdos. O que não quer dizer que não existam casais em que um possuem alguma deficiência e o outro não. Ou seja não quer dizer uma pessoa com deficiência física, auditiva, visual ou outra vai se interessar apenas por pessoas com a mesma deficiência, como se todos os outros aspectos, como gostos, afinidades, idade fossem nulos ou banais, bastava os dois ter alguma deficiência. 

Deficiência não define caráter e da mesma forma que dinheiro define felicidade. O mais importante é focar na pessoa e não na sua deficiência. Até por que muitas delas são super estudiosos, comunicativos, gostam de festas, cinema, bar e shopping. Ou seja, agem como pessoas comuns sem deficiência. Devemos pensar que o amor e dificuldades nos relacionamentos existem na “saúde e na doença”.

E parafraseando Mila Correa do site Lugar de Mulher, eu também tenho a felicidade de conviver com pessoas com deficiência de todos os jeitos e posso ver que elas são perfeitamente capazes de ter qualquer tipo de relacionamento, quando se tem uma chance. Mas, enquanto muitas pessoas ainda nos enxergarem como seres de outro mundo, ficaremos a mercê desses julgamentos sobre nosso lugar e sobre o que nos é permitido.

Não há como diminuir atitudes preconceituosas como essas enquanto cada um não admitir os seus próprios preconceitos para com as pessoas com deficiência e coibi-los. Enquanto as pessoas ainda apresentarem dificuldade para ver além da nossa deficiência, sem também ignora-la, teremos comportamentos absurdos sentidos na pele, já que a opressão estão ao nosso lado, e o preconceito está no nosso dia-dia.

Ajude: Todos pelo Kaká

Carlos Eduardo Capucho Maia, nasceu em 08 de Janeiro de 2008 com muitas complicações no parto, e foi direto pra UTI (Unidade de Terapia Intensiva), ficando lá por 40 dias, e ao sair foi diagnosticado com paralisia cerebral espástica e que ficaria com sequelas na parte motora.

Desde os seis meses ele faz todos os tipos de fisioterapias 3 vezes por semana no CRER, ele tem uma irmãzinha com uma diferença de apenas 1 ano e meio de diferença, foi ela que carinhosamente passou a chamá-lo de Kaká. O Kaká não tem problema neurológico, e é uma criança extremamente inteligente e com muita vontade de viver. Seu grande sonho foi sempre o de poder andar, brincar, jogar bola e se divertir como todas as crianças de sua idade.

Há alguns anos, descobrimos um médico, o Dr. TS Park que desenvolveu uma técnica cirúrgica chamada Rizotomia Dorsal Seletiva. Trata-se de um procedimento que reverte o quadro dessas crianças dando mais qualidade de vida e com grandes possibilidades até de em futuro próximo andar normalmente. Acontece que esse médico e o hospital ficam nos EUA, na cidade de Sant Luis em Missouri, e assim que descobrimos este procedimento entramos em contato com o hospital e passamos a enviar todos os tipos de exames e históricos do Kaká, na intenção de conseguir com que ele fosse aprovado e selecionado para a cirurgia. Fomos também atrás de alunos do médico que já fazem o procedimento no Brasil embora com resultados menores, mas nos informaram que devido à idade do Kaká hoje o procedimento só teria um resultado satisfatório com o Dr TS Park.

Em março/2017 desse ano tivemos a grata surpresa de ter ele selecionado, porém os custos são por nossa conta, e inicialmente o que foi nos passado, é o valor de R$ 280 mil. Infelizmente não temos esse valor, mas é um sonho de ver nosso filho andando, de modo que iniciamos nas redes sociais a campanha “Todos Pelo Kaká”, na intenção de arrecadarmos esta quantia até outubro pra já fazermos os pagamentos e definirmos a data da cirurgia,  já que mês definido já será em novembro, uma vez que o Kaká já está com 9 anos, e o quanto antes a cirurgia, melhora será o resultado.

——– Por Gabriela Capucho e Luciano Maia para o Blog dos Perné’s.

Até ontem, 09/10/2017, faltavam R$ 78 mil, e a família só tem até o dia 15/10/2017, para providenciar os pagamentos ao hospital,  se você, quer saber como ajudar, Na foto acima, há as contas que você pode contribuir com qualquer quantia. Há também na internet, outra opção que está no site, Vakinha, que poderá acessa-lo clicando aqui. Se for o caso, pode também disseminar este post para amigos e familiares nas redes sociais.

Graças a sua ajuda, o nosso grande Kaká, estará correndo e brincando pelos parques na nossa linda Goiânia. E tudo há de acontecer, pois estamos na torcida. Um por todos, e todos pelo Kaká. Vai Kaká!