Série – Gentileza gera Gentileza: Ao devolver celular, jovem pede como recompensa uma vaga de emprego

No último sábado, 18/02/2017 numa tipica festa pré carnaval no Setor Sul em Goiânia, estava o Analista de Sistemas, Nikolas Valério. Quando na hora de ir pra casa, deixou cair um dos seus aparelhos de celular e só se deu conta da perda depois que já tinha saído da festa. Mesmo, sem esperanças de recupera-lo, Nikolas fez o bloqueio do aparelho e ativou-o como “Aparelho Perdido”, deixando o número de contato para quem encontrasse, mas sem esperanças de recupera-lo, e já fazendo planos de adquirir outro.

Aí que entra na história o adolescente Pablo Júnior de 17 anos, que tinha ido levar o dinheiro para uma ex-patroa que estava no evento.

“Eu achei o aparelho no chão. Minutos depois, apareceu uma mensagem na tela de bloqueio informando a perda do celular com um número. e liguei para combinar a devolução”.

Na hora da entrega, Níkolas ficou surpreso com a atitude de Pablo, que recusou os R$ 200 de recompensa, e pediu apenas ajuda para conseguir um trabalho.

Ao receber o Currículo dele, Nikolas, prontamente o divulgou no Facebook e contou o acontecido:

Post do Facebook, feita por Nikolas contando o acontecido!
Curriculo do Pablo. Aos interessados, está comprovado que é gente boa!

“Eu já perdi o celular outras vezes e nunca consegui pegar de volta. Não que as pessoas que encontraram de outras vezes sejam ruins. Mas desta vez, além de ter o meu aparelho de volta, ele ainda recusou a recompensa, que é mínima, em relação ao valor que teria que usar para comprar outro. É muito legal ver um rapaz de família humilde fazer uma demonstração de honestidade e bom caráter desta forma, Todas as propostas que tem chegado até a mim, estou passando para ele. Espero que possa conseguir uma boa oportunidade”, Ele é um bom exemplo para todos nós” , disse  Nikolas ao Blog dos Pernés.

Parabéns Pablo, nós também estamos também na torcida!

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Vocês já leram aqui, sobre a gentil e fofa senhora que fez a busca mais linda na história do Google. Super Gentil né?

E do Diogo de apenas 4 anos, que após empurrar a coleguinha na escola, foi orientado pela mamãe Tatá Carvalho a se desculpar e ainda levou flores?

Perdeu,  o quer rever?

E hoje vamos contar mais uma história que nos da esperanças e nos enche de orgulho. E o personagem sobre um consultor de empresas que resolveu falar de um problema de vazamento de água para a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) de uma forma diferente: escreveu um poema, e chamou a atenção da empresa e de toda a internet.

Aos 64 anos, um mineiro de porte médio, cabelos longos e olhos azuis surpreendeu funcionários da  Caesb. Com um vazamento de água em casa, no Lago Norte, Luiz Carlos Garcia resolveu utilizar a gentileza para pedir uma solução. Escreveu uma poesia com 40 estrofes, quatro versos cada, e uma aula de delicadeza. Como consequência, teve o problema resolvido e recebeu outra poesia como resposta, desta vez, redigida por Aline de Freitas Santos, 46 anos, supervisora do escritório de atendimento de Brasília.

16146463No poema, o consultor de empresas deixou a sensibilidade falar num burocrático requerimento administrativo. No lugar das expressões inflamadas e raivosas, comuns quando se faz uma reclamação, ele deixou a poesia fluir e tratou de um assunto incômodo: o desperdício de água. “Eu percebi que a conta estava muito alta para alguém que vive sozinho e mal fica em casa. O valor da minha conta, que antes chegava aos R$ 380, saltou para R$ 1.150 sem justificativa.”

“Eu me incomodava com o valor, mas muito mais com o gasto de água”, destaca. Apaixonado por poesia e acostumado a presentear pessoas queridas com os textos que escreve, ele resolveu transformar a reclamação em arte. Em 7 de março, redigiu à mão uma carta endereçada ao presidente da companhia. “Meu filho disse que não surtiria efeito, mas eu acreditei.”

O processo correu rápido. Três dias depois, o vice-presidente da companhia ligou dizendo que o texto fora objeto de apreciação entre os diretores. “Ele me disse que mandariam alguém lá e isso realmente ocorreu. Muito atenciosos, eles constataram a deficiência e resolveram o problema”, lembra. Depois, Aline pôde responder a carta à altura. Formada em letras e também apaixonada pelos versos, ela supervisiona uma equipe de oito funcionários e se encantou com o teor do texto. “Quando meu coordenador me mostrou, eu comecei a chorar. Tudo o que é bem escrito, feito de coração, me emociona muito”, diz.

A CARTA DE LUIZ CARLOS GARCIA

Senhor Presidente
Venho mui respeitosamente à presença de vossa senhoria para apresentar e requerer o que se segue:

Venho à vossa senhoria
externar o que me aborrece

se não pode perseverar
aquilo que me entristece

O hidrômetro que marca e conta
a água que aqui consumo
é como fumaça que espalha
de um cigarro que não fumo

Desde que foi instalado
o novo tecnológico instrumento
a cada leitura nele feito
perco até os movimentos

Preocupado com a conta
que sempre me mostra aumento
até contratei uma empresa
que se diz caça-vazamento

Na verdade o que queia
na lucidez do momento
era encontrar uma forma
para estancar o tormento

E um trabalho dedicado
puseram-se os homens a fazer
na busca de saber se o indicado
eles poderiam resolver

Depois de muito procurar
em canos, válvulas e torneiras
disseram-me algo encontrar
que explicasse d’água a peneira

Puseram-se então a falar
na rede, este trecho é o problema
se os canos daqui, for trocar
resolvemos o seu dilema

Cem metros de cano comprei
cola, lixa e conexões
depressa do comércio voltei
atendendo as orientações

Fizeram toda tarefa
da rede modificar
depois foram-se embora
p’ra outras casas visitar

Grande foi a minha surpresa
que nem sei como contar
fui consultar o hidrômetro
e ver o que ele estava a marcar

Quando o olhei atentamente
com tudo na casa fechado
lá estava o renitente
a se mover, desesperado

Acreditar? já não podia
naquilo que ali, eu via
restou-me naquela agonia
me apegar n’alguma magia

Aqui moro sozinho
sem filhos, mulher, empregado
não lavo roupas, nem cozinho
só no banho, o líquido é usado

Nem para beber uso água
que da rede aqui deságua
das minerais me abasteço
e disso não guardo mágoa

Também não recebo visitas
que a água pudessem consumir
por isso procurar respostas
é no que preciso insistir

Minha casa é bem pequena
apenas cem metros quadrados
nela só faço dormir
e preservar meus guardados

Não levo os jardins a regar
nem carros eu deixo lavar
calçadas com a água esfregar
por onde esta água escoar?

Faxino a casa com balde
e um pano p’ra no chão passar
diz minha consciência em alarde
a água é p’ra se economizar

Uma coisa é verdade
que aqui preciso indagar
como pode uma só pessoa
tanta água no mês gastar?
Um mistério se formou
se esta água aqui entrou
se dela pouco se usou
a maior parte evaporou?

A vários vizinhos perguntei
e a pessoas que conheço:
da água que consomem por mês,
na conta vem qual o preço?

Quando minha conta os mostrei
consternação demonstraram
ao sentir o quanto assustei,
procure a Caesb, falaram

Até mesmo em casas grandes
de famílias numerosas
os valores lançados nas contas
não são de montas onerosas

Em outros tempos diria
quando a rede era antiga
mesmo achando água cara
a conta era bem mais amiga

Depois dessa rede mudada
p’ra outra que diferença não vi
me chega a conta inusitada
a cobrar o que não consumi

Recibos passados eu junto
para sustentar o que escrevo
pois como um bom cidadão
sempre pago o que devo

A Caesb é empresa séria
não há dúvidas que eu levante
então nesta minha história
o hidrômetro é o meliante

Sei que não posso acusar
se provas me estão a faltar
mais se a suspeição está no ar
é preciso investigar

Peço a vossa senhoria
que mande me socorrer
pois se a conta assim ficar
de infarto posso morrer
Com licença, peço aos peritos
dessa Companhia honrada
para o indivíduo estudar
e esta situação aclarar

Com suas técnicas e instrumentos
sobre o dito cujo, aplicados
saberemos se seu trabalho
é correto ou é viciado

Se inocente estiver
desculpas já devo pedir
mais recolhido deverá ser
se nele a culpa recair

Se comprovado, o erro for
de quem o consumo media
devolva-me com prontidão
o que paguei e não devia

Ou se preferir modo outro
proponho a vossa senhoria
descontar o tal valor
quando faturar a Companhia

Pois se assim não for feito
outro caminho não há
se não o de ir a justiça
o meu direito reclamar

Rogo vossa senhoria
uma providência tomar
pois não é justo essa conta
eu ter que continuar a pagar

Assim, deixo o meu pedido
em forma de poesia
se escrever é uma arte
que me enche de alegria

E, antes que se faça tarde
neste tempo, o que pronuncia
antecipo meus agradecimentos
junto a vossa senhoria

Como nos ensina a lição
que nos vem d’antigamente
despeço-me no último verso
com um gentil, cordialmente.

A RESPOSTA DE ALINE DE FREITAS SANTOS

Sr. Luiz Carlos

Em resposta à sua manifestação
Sob o n. 1.723/2016 protocolada
Na qual nos chamou atenção

O brilhante uso da nossa língua falada
Vimos pelo presente documento
Apresentar os resultados apurados
Na esperança de que com esse intento
Encerremos os seus desagrados

A fim de verificar
A situação apresentada
Pusemo-nos a vistoriar
As instalações internas afetadas
E eis que ficou constatado
A ocorrência de um vazamento
Comprovadamente sanado
No mais curto espaço de tempo
Para assegurar um fornecimento
Contínuo, lhano e escorreito
Fora instalado um equipamento
De precisão, em seu conceito,
E ao fim de 58h constantes
Registrou o importante instrumento
Não haver na rede pressões variantes
Que provocassem um derramamento

Desta forma, concluímos que o vazamento
Ocorrido em sua residência
Tratou-se de um fortuito acontecimento
Lamentável em sua essência
E, atendendo a Resolução da Adasa
Que norteia os procedimentos desta Casa
Foram concedidos os descontos possíveis
Aos casos de vazamentos imperceptíveis
Estão creditados para os próximos faturamentos
Valores resultantes das revisões das contas
Limitadas a dois consecutivos eventos
Com prazo de 12 meses para nova remonta
Mas sabendo dos hábitos conscientes
Por V. Sª praticados
Certamente não será recorrente
O evento outrora cessado

Pessoalmente quero aqui registrar
Minha admiração e meu mais profundo respeito
Posto que, lamentavelmente, não é comum encontrar
Quem faz do uso da palavra um belo feito
Compartilhando da mesma paixão
Me despeço com leniência
E digo com admiração
Receba minha reverência

gentileza

E aí, gostaram?

Conte para gente nos comentários!

Série – Gentileza gera Gentileza: Após empurrar colega, menino de 4 anos pede desculpas e dá flores

Gentileza num mundo e apressado é bem raro. Mas ainda existe, tanto é que estamos fazendo vários posts sobre o assunto. E já falamos aqui sobre a Senhora que fez A busca no Google, mais educada do mundo!

Hoje vamos falar da mãe Tavane Carvalho, do Rio Grande do Sul que deu um belo exemplo a todos pais, por ensinar o respeito, a gentileza e amor nos tratos com outros, ao o filho de apenas 4 anos, que empurrou uma coleguinha.

Ao buscar Diogo, de 4 anos, na escola em Porto Alegre, Tavane foi informada pela professora que o filho havia empurrado uma colega na escada. O menino, que costuma brincar no pátio do colégio após a aula, foi direto para casa com a mãe. A medida fazia parte do castigo que ela aplicou para que ele refletisse sobre a atitude que teve.

Porém, o que chamou a atenção nas redes sociais foi o pedido de desculpas de Diogo para a colega Isabelle, também de 4 anos. Um dia após o empurrão, o menino levou flores para coleguinha para se desculpar.

“Quando fui buscar ele, a professora perguntou se ele não tinha nada para me contar. Ele disse que não lembrava e a professora relatou que ele empurrou a coleguinha na escada, já no último degrau”, conta Tata. “Em casa, pedi pra ele me olhar e contar o que aconteceu. Conversamos bastante. Disse que o que ele fez era feio, pois não se bate em colega, ainda mais em uma menina. Salientei isso e disse que estava triste com ele”, completa.

Após o empurrão, a menina caiu no chão e ralou um pouco o joelho. Ao chegar em casa, Diogo ficou de castigo no quarto e a mãe só permitiu que ele saísse para ir ao banheiro. No dia seguinte, ao levá-lo para a escola, Tata parou em um mercado no caminho e disse para o filho escolher as flores que ia dar para a colega.

‘Na escola, ele abraçou ela, pediu desculpas, disse que não ia mais fazer aquilo e deu a flor. Ela aceitou as desculpas”, lembra Tata.

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Parabéns Diogo e sua mãe Tatá.

A mãe de Diogo conta que ele vive em uma casa onde é o único homem. Além dela, o menino mora com a avó e duas tias. “Não aceitamos nenhuma ofensa, humilhação ou violência de homem. Acho um absurdo. Ele é meu único filho e foi a primeira vez que teve caso de agressão. A história da flor veio tão fácil na minha cabeça”, diz.

E ainda relata estar feliz com as mensagens que recebeu desde que publicou a foto de Diogo com as flores, na qual colocou a legenda “Depois de muita conversa, castigo ontem, hoje foi o dia de levar flores para a coleguinha que ele empurrou ontem na escola #nãosebateemmulher #sóflores #sócarinho #vaiserumpríncipe #nãoéfácil”.

A mãe de Isabelle, Janira Heisler, achou o ato muito bonito, tanto da mãe quanto do filho. “Muitas crianças brigam na escola, mas poucas tomam essa atitude”, afirma. “O menino não teve paciência para esperar. Parabenizei a mãe no dia seguinte, pelo pedido de desculpas. Ela está criando um cavalheiro. Acho que não vai mais se repetir” reflete Janira. “Eles são amigos e dançaram juntos. É incrível, pois agora eles se dão melhor do que antes”, revela.

“Recebi mensagens até de Portugal e da Irlanda. Nunca pensei que fosse repercutir tanto. No meu Facebook, tudo que posto só pode ser visto por amigos. Como minha irmã compartilhou, decidi marcar a foto como pública para que as pessoas vissem o post dela. E aí só aumentou a repercussão”, revela Tata.