26 de Setembro – Dia do Surdo

Hoje é o Dia Nacional do Surdo, mas seja por desrespeito à legislação ou por falta de políticas públicas mais efetivas, o fato é que esse dia que é comemorado todos os anos em 26 de setembro, passou a ser uma data de engajamento e conscientização.

Imagem: Reprodução

E o próprio mês de Setembro como um todo é para a comunidade surda chamado de Setembro Azul. Pois o mês como um todo, serve para celebrarmos a comunidade envolvida com a causa e pensarmos mais sobre a inclusão dos surdos na sociedade.

Uma barreira em especifico que eu encontro é a falta de interpretes em locais exigidos por lei, como em meu trabalho. Por isso, aqui no blog, fizemos uma série de posts sobre o tema. Ainda não leu? É só clicar aqui. E não paramos por aí, continuaremos fazer mais.

E que venham mais dias em que todos reconheçam nós surdos como iguais. Também somos pessoas competentes, inteligentes e profissionais. E que merecemos ter os mesmos direitos e oportunidades.

Parabéns a todos os surdos, que a cada dia possamos vencer obstáculos e acabar com os preconceitos impostos pela sociedade.

Viva eu, Viva o Blog, Viva os Surdos!

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Os Mitos e as verdades da Surdez – “Os surdos que só escutam quando querem”

Os Mitos e as verdades da Surdez – “Terminologias”

Os Mitos e as verdades da Surdez – “Terminologias”

Nem sempre, quem se identifica como surdo gosta de ser chamado de deficiente auditivo, pois não se vê como uma pessoa com deficiência, mas sim como alguém que fala uma outra língua. Mas existe quem se identifique como deficiente auditivo, sem necessariamente usar a Língua de Sinais para se comunicar. A quem discorde, mas a minha visão é que essas pessoas não fazem parte da comunidade surda, pois não compartilham de sua cultura ou forma de comunicação e na grande maioria das vezes, eles são oralizados e fazem leitura labial para se comunicarem com os ouvintes.

De qualquer forma na dúvida, você pode perguntar, como a pessoa gostaria de ser conhecida. Uma coisa é certa, o termo surdo-mudo é incorreto e nunca deve ser usado. E o mesmo vale para termos pejorativos como mudinho (a). A pessoa ser deficiente auditiva não significa que ela seja muda. A mudez é uma outra deficiência e é raro ver as duas acontecendo ao mesmo tempo. A realidade é que muitos surdos, por não ouvir, acabam não desenvolvendo a fala.

Descarte também de seu vocabulário os termos “Especiais”, “PNE” e/ou “Portadores de Necessidades Especiais”, “pessoa portadora de deficiência” e “portadores de deficiência”. Estes eram associados as pessoas com alguma deficiência, conforme já falamos aqui por influência do Ano Internacional e da Década das Pessoas Deficientes, estabelecido pela ONU. Assim, essas terminologias vieram na esteira das necessidades educacionais especiais de algumas crianças com deficiência, passando a ser utilizada em todas as circunstâncias, inclusive fora do ambiente escolar.

Mas como valoriza-se a pessoa acima de tudo, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou intelectuais, a terminologia utilizada passou a ser “pessoas com deficiência”, que permanece até hoje. Esse termo faz parte do texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembleia  Geral da ONU, em 2006, e ratificada no Brasil em julho de 2008.

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Ser surdo: A vida como ela é!

Dica de Leitura: “Alto, baixo, num sussurro”

Conforme falei aqui no mês de setembro, que é o mês dos surdo, traremos questões sobre o assunto. E é com grande alegria e em primeira mão, anuncio o lançamento do livro está sendo divulgado pela primeira vez pelo Blog dos Pernés, especialmente para vocês: “Alto, baixo, num sussurro”, é um livro que trata do mundo dos sons,  o que para mim que sou surdo torna-se absolutamente imperdível, já que cada barulho pode ser uma descoberta.

Ainda não recebi o meu, mas olha que linda a capa. E de acordo com a Assessoria de Imprensa da Editora do Brasil, ele vem explicando conceitos relacionados às ondas sonoras e à audição. Não é legal? E este livro também é rico em informações, já que oferece uma leitura direta e altamente instrutiva sobre o tema.

E faz menção também sobre Música, intensidade do som, silêncio, barulhos – tanto os produzidos pelos seres humanos quanto os da natureza. Tudo isso como forma de nos fazer refletir sobre o quão fantástico é o universo do som e do silêncio. Para surdos e ouvinte! Então, ouvidos e olhos atentos para essa leitura extraordinária!

Lançamento previsto para o dia 25/09/2017, um dia antes do Dia do Surdo. 

Livro: “Alto, baixo, num sussurro”

Autores e ilustradores: Romana Romanyshyn e Andriy Lesiv

Editora: Editora do Brasil

Número de páginas: 64 páginas

Leia também aqui no Blog:

Artigos sobre Inclusão, Surdez e Língua de Sinais

Outros Livros da Editora do Brasil:

 

Os Mitos e as verdades da Surdez – “Os surdos que só escutam quando querem”

Além de não escutar bem, e estar as vezes ansioso ou até mesmo deprimido devido essa deficiência, não poder rir por não ter entender os motivos das risadas quando estamos com os amigos, tenho que ser motivos de piadas de mau gosto e ser acusado de só escutar quando quero.

Esse é o pensamento que muitos tem sobre os surdos: Agora quero escutar, mas agora não quero. Imagem: Reprodução

Será que é realmente assim? Pode até ser alguns surdos possam fingir não escutar para não assumir suas responsabilidades, mas quer saber?

Isso não é característica de um surdo ou deficiente auditivo. Qualquer pessoa pode fazer isso, incluindo quem ouve. Mas para os sinceramente não rotular o próximo, e entender sobre isso, é bom deixar claro que todo surdo pode (ou não) escutar algum tipo de som.

A maioria (não todos) ouve algo, sons de forte intensidade e graves (trovão, foguete, batida de porta e buzina). Alguns surdos conseguem ouvir a voz e escutar a fala ao telefone. Outros devido a sensibilidade ocasional podem “ouvir” demais, ou seja pode se assustar com o mínimo de barulho. 

Um exemplo simples para entender a audição: Assim, como a visão a audição também se efetiva em graus.A impressão de que ás vezes o surdo responde a sons e outras não, fazendo com que o ouvinte pense que “escutam quando querem” deve-se a alguns fatores:

  • a distância da emissão da voz da pessoa que fala;
  • o tipo de som (grave/agudo);
  • a intensidade do som (forte/fraco);
  • e também o nível de atenção do surdo ao som emitido, dentre outros fatores.

Portanto quando na presença de um surdo, não suponha que ao falar com ele e não obteve retorno, que ele apenas não quis ouvir. Na dúvida, vá ate ele, e fale frente e frente. Mesmo que não seja a solução e que ele ainda não entenda, lembre-se que a compreensão, empatia e esclarecimento são as chaves para entender os próximo.

 

 

Dia internacional da Síndrome de Down: Comunique-se!

O dia internacional da Síndrome de Down chegou. E este é o segundo post  hoje aqui no blog, sobre essas pessoas tão queridas e especiais,

Logo você percebe que ela é diferente. Tem os olhos puxadinhos, nariz achatadinho, e pode ser muito carinhosa. Antes de mais nada tenha em mente que ela aprende as coisas um pouquinho devagar, mas aprende. As vezes não se comunica bem, mas se comunica sim, seja utilizando frases ou palavras pequenas, por sinais ou gestos mímicas.

Mas falando em comunicação, vamos conferir algumas dicas para que a comunicação, não apenas com pessoas com Síndrome de Down, mas com qualquer deficiência seja eficaz?

ESCUTE:

Mantenha contato visual, sem exagerar.
Mantenha uma atitude atenta e calma. Avalie se é necessário mais atenção, porque a criança com síndrome de Down, por exemplo, pode demorar mais para aprender as coisas.
Procure fazer com que sua comunicação tanto verbal como não verbal assegure ao outro que você está atento.
Tolere, sem ansiedades, o silêncio da pessoa.
Depois de fazer uma pergunta, é importante silenciar. Se o outro não responder de imediato, evite o impulso de preencher o silêncio com seus comentários. Dê-lhe a oportunidade de entender ou pensar na sua resposta.

Imagem: Reprodução

RESPEITE:
Abstenha-se de julgamento na comunicação.
Crie condições para que as pessoas com deficiência possa expressar suas idéias, sentimentos, valores e atitudes. Isto não significa que você deva concordar com as posturas e necessidades dessas pessoas, apenas compreendê-las e aceitá-las.

Demonstre EMPATIA:

Procure colocar-se no lugar do outro, inclusive na dificuldade que você teria caso passasse pela mesma deficiência ou estivesse na mesma situação.                                                                                                                                                                   Procure refletir e recolocar as suas idéias em outras próprias palavras, caso necessário, de maneira a demonstrar-lhe que o está entendendo e acompanhando.
Limite-se a recolocar sentimentos e idéias de que esteja seguro de terem sido expressos, não conclua ou interprete motivos profundos.

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Libras_BlogdosPernés
Libras: Oi 
Libras_BlogdosPernés
Tudo bem?

Olá, tudo bem? Como vão vocês?

Como devem saber, tenho deficiência auditiva, mas aprendi a utilizar a voz para me comunicar antes de perder a audição. Por isso a Língua de Sinais é a minha segunda língua, sendo a primeira a Língua Portuguesa.

Digamos que por isso, eu tive sorte, pois a situação da maioria dos surdos, são extremamente diferente, pois há muitas barreiras. E para refletirmos sobre a dificuldade de comunicação da sociedade com os surdos, por desconhecerem a sua língua materna, convido-os para ler os artigos já discutidos aqui no Blog, todos eles, podem ser visualizados a partir do Menu:  Inclusão Social e Acessibilidade. Está nele também artigos para aprender a Língua de Sinais, bem como artigos para entender melhor a Inclusão Social de pessoas com Deficiência. Entre muitos posso destacar:

Ver é ouvir!

Meu Mundo Inclusivo

Sou surdo, mas tenho voz e exijo respeito – Mitos e Verdades!

O alfabeto da Língua Brasileira de Sinais

UFG – Inglês instrumental para surdos em Goiânia

O Centro de Línguas/FL/UFG abre vagas de Inglês Instrumental para alunos surdos. Qualquer pessoa surda que tiver interesse em aprender a ler textos em inglês poderá se inscrever. O mais legal é que as aulas serão acompanhadas/ tornarão acessíveis através de intérpretes de Libras.

O curso terá início no dia 06/03/2017 e ocorrerá às segundas e quartas, das 17h às 18h40, na sala 116 do Bloco Bernardo Elis, na Faculdade de Letras da UFG.

A matrícula começa amanhã, dia 21 de fevereiro de 2017, das 13h às 17h, na sala 31 do Bloco Cora Coralina da Faculdade de Letras da UFG. E para efetiva-la, o aluno deverá levar os documentos: Identidade, CPF e Comprovante de matrícula (se for aluno da UFG).

Os valores da taxa de matrícula são: Alunos do curso de Letras da UFG: R$ 204,00, Comunidade universitária da UFG: R$ 326,00 e Comunidade em geral: R$ 408,00.

Se desejar assista o LINK VÍDEO EM LIBRAS aqui.
Post sugerida pela minha amiga e graduada da UFG em Letras português, Késsia de Sá. Obrigado! 

O alfabeto da Língua Brasileira de Sinais

Este é o alfabeto manual da Língua Brasileira de Sinais, e é também a primeira lição a aprender para conversar com pessoas surdas. Vamos aprender?

O alfabeto da Língua Brasileira de Sinais Fonte: Reprodução

 

Você sabia:

  • Sabia que cada país tem a sua Língua de sinais?
  • Nem todos os surdos se comunicam em Língua de Sinais?
  • No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais é a segunda língua oficial do país?

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Como ajudar pessoas cegas!