Segundo a revista científica JAMA Neurology, o tinnitus, conhecido popularmente como “zumbido”, afeta aproximadamente 740 milhões de pessoas no mundo, o que corresponde a cerca de 14% da população adulta. Entre essas, mais de 120 milhões de pessoas enfrentam a condição de forma severa, com consequências graves para o sono, a concentração e até a saúde emocional.
No Brasil, de acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, cerca de 28 milhões de brasileiros convivem com o zumbido, que pode variar de um leve incômodo a um ruído persistente e perturbador.
Zumbido: impacto físico e emocional Para muitas pessoas, o zumbido não é apenas um ruído passageiro, mas sim um sintoma crônico que afeta a saúde mental e física. “O zumbido pode trazer estresse diário, problemas de concentração, e até mesmo afetar a qualidade do sono, o que leva a um impacto emocional severo, incluindo risco de depressão e isolamento social”, explica a fonoaudióloga da Philips Aparelhos Auditivos, Maria Clara Danowski. Segundo ela, o Novembro Laranja busca justamente conscientizar as pessoas sobre a necessidade de procurar ajuda profissional ao surgirem sintomas, como sons de apito, chiado ou qualquer ruído interno que não esteja relacionado ao ambiente.
Causas e tratamento do zumbido As causas do zumbido são variadas e podem incluir desde acúmulo de cera e infecções na orelha até condições mais complexas, como diabetes, alterações cardiovasculares, problemas de coluna e consumo excessivo de cafeína e álcool. O tratamento, por sua vez, depende da origem do sintoma. Quando associado à perda auditiva, o uso de aparelhos auditivos pode melhorar a percepção de sons externos devido a amplificação sonora e aliviar o zumbido.
“A recomendação é que todos realizem avaliação audiológica regularmente e adotem hábitos de proteção, evitando exposição a sons com intensidade excessiva e cuidando da saúde auditiva desde cedo”, completa a fonoaudióloga.
Oi, pessoal! Como contei no último diário aqui do blog (se você ainda não leu, é só clicar aqui), finalmente concluí todos os exames para a cirurgia do implante coclear. Mas olha, o processo foi cheio de percalços que atrasaram um pouco a cirurgia.
Quem
já passou por isso sabe que fazer um implante exige muita paciência. No
meu caso, o trâmite com o plano de saúde demorou bastante — eles têm
até 30 dias úteis para analisar e liberar o procedimento. Felizmente, a
cobertura do implante coclear é garantida por lei, tanto para a cirurgia
quanto para o aparelho. Mesmo assim, o processo foi bem mais demorado
do que eu esperava. Primeiro, o hospital levou alguns dias para
registrar tudo no sistema; depois disso, a aprovação pelo plano de saúde
levou ainda mais tempo. E, como se não bastasse, o hospital ainda
acabou enviando a autorização com um erro, o que atrasou tudo de novo!
Ah,
e teve mais um momento bem frustrante: já estava no centro cirúrgico,
pronto para a cirurgia, quando cancelaram tudo de última hora. Foi
complicado, mas, no fim, deu tudo certo, e eu saí do hospital muito
feliz!
Apesar de todas essas dificuldades, a sensação de finalmente ter passado por essa etapa foi incrível. E o dia da cirurgia finalmente chegou.
O bom desempenho da delegação brasileira nas Paralimpíadas de Paris reforça importância de investimentos em tecnologia para desenvolvimento de atletas paralímpicos; Brasil conquistou 89 medalhas nas competições deste ano
O Dia
Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é celebrado em 21 de setembro
e alerta a sociedade sobre importância da autonomia e da inclusão,
fortalecendo a luta anticapacitista no Brasil. E para promover a
integração social e desenvolver novas habilidades, o esporte tem se
mostrado um dos principais caminhos. Com o bom desempenho da delegação
brasileira nas Paralimpíadas de Paris, com 89 medalhas e a quinta
colocação no ranking mundial, o paradesporto ganhou ainda mais destaque,
abrindo o debate sobre a necessidade de mais investimentos em
tecnologia para a formação de atletas de ponta.
O nadador Daniel Dias, um dos expoentes do paradesporto brasileiro e que já conquistou 27 pódios em quatro edições das Paralimpíadas, conhece bem o poder transformador que o esporte tem. Ele, que se aposentou em 2021 das competições, atualmente se dedica ao Instituto Daniel Dias, criado para desenvolver novos talentos da natação paralímpica e que atende 500 crianças com deficiência. “O esporte mudou a minha vida e isso me motivou a criar este projeto, para transformar vidas e formar campeões não só no esporte, mas principalmente na vida. É o que eu acredito e é o que o esporte fez por mim”, destaca o nadador.
Ele ressalta que apesar de as Paralimpíadas ainda terem menos
visibilidade que as Olimpíadas, a sociedade está acompanhando mais de
perto as competições e o desempenho dos atletas paralímpicos tem sido
superado a cada edição. “É muito importante pois é um crescimento
orgânico. As nossas conquistas vieram mostrar o valor do esporte
adaptado. Hoje já temos uma credibilidade grande e as pessoas já
conhecem mais sobre o esporte paralímpico, as modalidades, suas
diferenças e os competidores”, analisa Daniel Dias.
Nas quatro últimas edições dos Jogos Paralímpicos, o Brasil sempre
esteve entre os dez países mais bem colocados no quadro geral. O
nadador, que é embaixador da Ottobock, empresa alemã que atua no Brasil
há quase 50 anos, e que produz e fornece próteses a diversos atletas
paralímpicos brasileiros, reforça, no entanto, a necessidade de mais
investimentos em tecnologia e apoio empresarial para a formação de novos
atletas paralímpicos de ponta. “Isso só vai fazer com que o esporte
paralímpico cresça. Quando a gente mostra que o esporte paralímpico é de
alto rendimento, que existem grandes atletas assim como nas olimpíadas,
a gente traz grandes empresas e, com isso, vêm os investimentos e
acontece o crescimento dos Jogos Paralímpicos no mundo”, afirma Daniel.
Além de patrocinar os atletas ao redor do mundo, a Ottobock foi uma
das patrocinadoras dos Jogos Paralímpicos de Paris, com investimento de
R$ 26,6 milhões. O diretor de academy da Ottobock na América Latina,
Thomas Pfleghar, ressalta que como a empresa atua na fabricação de
tecnologia assistiva que tem como objetivo devolver mobilidade e
qualidade de vida para todas as pessoas com alguma deficiência, faz todo
o sentido promover o desenvolvimento de novos talentos do paradesporto
mundial. “Os Jogos Paralímpicos servem como forma de ampliar o
conhecimento da população sobre o potencial que as pessoas com
deficiência possuem. Por isso investimos nesses atletas e acreditamos
que eles podem ser porta-vozes para outras pessoas com mobilidade
reduzida”, afirma.
Daniel Dias é um dos atletas que usam próteses, ainda que nas
piscinas ele não pudesse competir com os equipamentos. Mesmo assim, são
tecnologias que os paratletas necessitam para ter mais mobilidade e
autonomia, dentro ou fora do esporte. A prótese traz mais estabilidade e
segurança às atividades diárias como, por exemplo, o joelho protético
Genium X4 que oferece uma caminhada mais natural, com funções avançadas
como a subida otimizada de rampas e a funcionalidade Start to Wallk, que
facilita o primeiro passo de forma fluída e natural. A prótese também
inclui o modo bicicleta, que pode ser alternado com o da caminhada e
será usada por Daniel Dias a partir de outubro.
Sobre a Ottobock
Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade).
A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ainda é baixa no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
apenas 25,4% de indivíduos desse grupo estão empregados. Entre os
autistas, a estimativa é que apenas 15% dos adultos estejam trabalhando.
A empregabilidade de pessoas com
Transtorno do Espectro Autista (TEA) é garantida por três legislações: a
Lei n° 13.146, de 2015, conhecida como a Lei Brasileira de Inclusão; a
Lei n° 12.764, de 2012, que trata da Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e a Lei n° 8.213,
de 1991, a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência.
Apesar de avanços legais, esse público, que no Brasil reúne cerca de 6 milhões de pessoas, segundo o CDC (Centro
de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, enfrenta a
dificuldade de acesso à educação e à qualificação profissional, o que o
impede de ingressar em uma carreira e atender as competências técnicas
das vagas exigidas pelas empresas.
A Adapte, startup de impacto social
que tem como missão incluir pessoas autistas neurodivergentes na
educação formal e no mercado de trabalho, quer mudar essa realidade. Ela
desenvolve o CooTEA, programa gratuito de acompanhamento e cooperação
para treinamento e emprego de autistas. “Além de capacitar e promover a
inclusão e a diversidade nas companhias, elevando o seu grau de ESG,
também oferecemos apoio na supervisão desses talentos autistas para as
empresas participantes, o que ajuda a promover um ambiente mais
equitativo e acolhedor”, explica o CEO da Adapte, Emanuel Santana.
A iniciativa acontece em parceria com a Alura
e a Poli-USP, uma rede de voluntariado de pessoas físicas e jurídicas.
Desde 2022, foram duas turmas formadas, uma de Design Gráfico e outra de
Programação Full Stack com JavaScript de forma online. A terceira
edição do CooTEA iniciou no dia 10 de setembro e está oferecendo aos 45
jovens autistas a capacitação com duração de 4 meses sobre Inteligência
Artificial e Dados.
Histórias
No Brasil, mais de 3 milhões de
pessoas autistas entre 18 e 64 anos estão desempregadas, segundo uma
análise feita pela Adapte, que cruzou dados do Censo do IBGE de 2022 e
do CDC.
Flavia Rosa da Silveira, 22 anos, moradora no Rio Grande do Sul, deixou de fazer parte dessa estatística este ano após participar da segunda edição do programa CooTEA. Ela conquistou uma vaga de assistente administrativa na Adapte, onde trabalha de forma remota. Atualmente, estuda para futuramente trabalhar como programadora.
“Fiquei muito feliz em ser convidada
para participar do desafio que a Adapte apresentou. Durante o processo
de capacitação eles analisaram e gostaram do meu desenvolvimento. Um
autista na empresa pode beneficiar muito a equipe. O hiperfoco, que a
gente tem, ajuda demais, porque a gente faz com gosto. E aprender
programação, JavaScript fullstack, ajudou na resolução do problema e na
conquista do meu primeiro emprego,” conta.
O interesse excessivo e restrito por
um determinado tema, característica descrita por Flávia como hiperofoco,
pode oferecer às empresas não só diferentes maneiras de pensar, mas
também outros ganhos. Organizações
que possuem times com diversidade cognitiva aumentam a probabilidade de
melhorar o desempenho financeiro em 120%, segundo uma avaliação da
consultoria global de recursos humanos Mckinsey.
Capacitação técnica não basta
Além de preparo técnico,
participantes do CooTEA apontam as aulas sobre socialização como
diferencial importante para buscarem a inserção no mercado de trabalho,
uma vez que esse grupo tem como desafio natural as dificuldades na
comunicação e de interação social.
“Eles precisam receber treinamento
sobre integração, relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, como
se portar em reuniões, como conversar com membros de equipe, exercer a
empatia, entre outros pontos. Desenvolver esses atributos
comportamentais é importante para sua empregabilidade, pois os autistas
têm uma maneira própria de perceberem o mundo a sua volta”, afirma
Emanuel.
Mayara
Alves, 18 anos, também do Rio Grande do Sul, é ex-aluna da Adapte e
conquistou, por meio da startup, o seu primeiro emprego. Atualmente
ocupa o cargo de assistente editorial no design de uma editora de livros didáticos em São Paulo.
Ela menciona que durante o CooTEA, “a
comunicação acessível e o suporte constante para retirada de dúvidas”,
facilitou a experiência de aprendizado na formação. “Após a minha
formação, a empresa que me empregou também recebeu um treinamento da
organização para que o ambiente de trabalho fosse acolhedor e
respeitoso, por meio de medidas de acessibilidade. Isso foi muito
importante para que eu desempenhasse a função com muito empenho e me
sentisse incluída”, explica a jovem.
Tecnologia – uma área promissora para autistas
Autistas se destacam por algumas
habilidades únicas, como o pensamento lógico e analítico, o foco, a
atenção aos detalhes, talento para atividades que envolvam padrões,
facilidade para matemática, entre outras áreas técnicas. A persistência e
concentração, por exemplo, são vantajosas para projetos que exigem
precisão, que também tem grande sinergia com o mercado de tecnologia.
Mia Luz Azevedo, 20 anos, reside em
Roraima e é desenvolvedora de software em uma empresa de consultoria em
tecnologia de Minas Gerais. Está no quarto período da faculdade de
Desenvolvimento de Sistemas e destaca que sua participação no CooTEA a
auxiliou não só com uma revisão de conteúdos técnicos que ela já tinha
conhecimento prévio, mas também desenvolveu o aspecto de interação
social com os trabalhos em grupos.
“O treinamento na Adapte me ajudou
bastante na questão da comunicação e interação social. As metodologias
ágeis para os trabalhos em grupo foi um diferencial importante. O CooTEA
abriu portas para a ocupação profissional e isso faz com que eu me
sinta útil para a sociedade. Me sinto realizada por conquistar as coisas
com o dinheiro do meu trabalho que eu gosto muito”, relata a
desenvolvedora de software.
Para o CEO da Adapte, estar aberto à
cultura de diversidade e inovação é o primeiro passo para as empresas
que desejam promover a inclusão de autistas. “Há diversas soluções que
as empresas podem usufruir para ampliar a sua neurodiversidade incluindo
autistas em seu quadro de colaboradores. Acompanhamento, treinamento
especializado e adaptação no ambiente do trabalho são exemplos
importantes para que essa experiência seja saudável e vantajosa para
todos os públicos da empresa”, conclui.
Mais sobre a Adapte
A Adapte é uma startup de impacto social que tem como missão incluir pessoas autistas e neurodivergentes na educação formal e no mercado de trabalho. Criada em 2019, a instituição oferece treinamentos e capacitação para autistas, bem como cursos de inclusão para empresas de diversos segmentos, além de treinamentos para escolas, profissionais da saúde, educação e familiares de pessoas autistas. Desta forma, tem o propósito de colaborar para a integração de autistas em suas escolas, famílias e na comunidade em geral. Em 2023, a Adapte foi vencedora do 1 Bi Labs, programa de aceleração de negócios da Fundação 1 Bi, em parceria com o Movtech e patrocínio do iFood, que impulsiona iniciativas que incentivam oportunidades educacionais e inclusivas para jovens em situação de vulnerabilidade social.
Em 21 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que tem o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
Pensando nisso, estou compartilhando os dados da Pesquisa Mutirão PCD Brasil que a Catho desenvolveu como forma de conscientizar e informar sobre o cenário atual e atrair mais olhos e oportunidades para estes profissionais.
E é muito interessante que ao longo da pesquisa, houve 775 respondentes, sendo 52% residentes no estado de São Paulo e 48% de outros estados. E os dados destacados no levantamento foram:
68% dos entrevistados acreditam que as empresas contratam pessoas com deficiência apenas para cumprir a Lei de Cotas;
49% relataram já ter sofrido algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho;
62% nunca receberam promoções, mesmo atuando há muito tempo na área;
20% declararam pensar em mudar de emprego por não ter perspectiva de desenvolvimento de carreira;
46% entendem que o mercado de trabalho para PCDs está retraído ou, praticamente, inexistente;
25% dos profissionais declararam o acesso ao laudo ou certificado de reabilitação do INSS como um processo difícil e que gera custo, além de 62% pontuar que tiveram dificuldade para adquirir;
35% não se identificam como uma pessoa com deficiência no currículo, pois não sabiam que tratava-se de algo necessário. Além disso, 26% possuem receio de não ser convidado para entrevista por causa de sua deficiência;
Somente 31% dos candidatos procuram por vagas de emprego exclusivas.
“A contratação de pessoas com deficiência vai além da Lei de Cotas. A diversidade é fator muito importante dentro das organizações, sendo necessária para trabalhar esse ambiente mais próspero e menos desigual. Além disso, ter uma equipe diversa também oferece vantagens tangíveis que podem melhorar o desempenho e a competitividade da companhia, com mais criatividade e capacidade de inovação”, diz Christiana Mello, diretora da unidade de recrutadores da Catho.
Catho: conecta candidatos e empresas, apoiando quem busca oportunidades no mercado de trabalho e quem precisa anunciar vagas de emprego. O acesso é gratuito, ilimitado e serviços adicionais também podem ser contratados. Pioneira no segmento, a empresa que tem como propósito “Mudar a vida das pessoas através do trabalho”, é referência no mercado de vagas de emprego e conta com o cadastro de mais de 12 milhões de currículos e, em média, 90 mil corporações à procura de novos talentos anualmente.
Com um
movimento crescente em direção a acessibilidade e a sensibilidade às
necessidades especiais dos hóspedes, várias empresas estão adotando
medidas proativas para garantir que todos os seus visitantes desfrutem
de uma experiência
acolhedora e inclusiva.
A
hotelaria tem se esforçado para atender às diversas necessidades dos
hóspedes, mas a inclusão de crianças autistas e PcD representa um
desafio específico que requer abordagens adaptativas e estratégias
especializadas. No entanto, muitos hotéis
no Brasil estão não apenas reconhecendo essa urgência , mas também
investindo recursos significativos para garantir que todos se sintam
atendidos durante sua estadia.
Como por
exemplo, o desenvolvimento de atividades especificamente projetadas
para crianças autistas. Essas iniciativas incluem espaços tranquilos e
seguros, livres de estímulos excessivos, onde as crianças podem se
sentir confortáveis e relaxadas.
Além disso, treinamento de equipe para entender melhor as necessidades
específicas das crianças autistas, promovendo um ambiente acolhedor e
compreensivo.
A
sensibilidade da equipe é fundamental para o sucesso da inclusão.
Muitos hotéis estão implementando programas de treinamento que educam
funcionários sobre como interagir e atender às necessidades específicas
de crianças autistas e pessoas
com deficiência.
De
acordo com dados sobre o Ministério do Turismo em todo o país, 77% dos
turistas com deficiência consideram a acessibilidade na escolha de
destinos e atrativos turísticos. Isso é um ponto positivo para
estabelecimentos que estão reformando suas
instalações para garantir que todas as áreas sejam acessíveis, desde
quartos adaptados até espaços comuns e áreas de lazer. Rampas,
elevadores adequados, banheiros acessíveis e sinalização clara são
apenas algumas das medidas adotadas para
melhorar a acessibilidade e a conveniência para hóspedes com
deficiência.
Alguns
estabelecimentos também oferecem espaços voltados 100% para crianças
com essa condição, como por exemplo: crachás e pulseiras, equipes
treinadas para lidar com várias situações, identificar possíveis
comportamento de crise,
abafadores de som, a comunicação correta com a família e com as
crianças, entre outros. Essa evolução não apenas enriquece a experiência
de viagem deles, mas também fortalece a reputação da hotelaria
brasileira como um setor inclusivo e
progressista.
Em
resumo, a inclusão na hotelaria não é apenas uma questão de
conformidade, mas uma oportunidade para criar um ambiente acolhedor e
acessível para todos os hóspedes, independentemente de suas necessidades
especiais. Com o compromisso contínuo das
empresas e a conscientização crescente, o futuro promissor da inclusão
na hotelaria brasileira está cada vez mais próximo da realidade.
*Veronicah Sella é cofundadora da Criamigos, empresa de experiências interativas, emocionais e encantadoras.
Hoje vou falar de um livro que me chamou atenção “Bullying e surdez no ambiente escolar”, que aborda a comparação entre o bullying envolvendo alunos surdos e ouvintes, analisando a percepção dos estudantes surdos em relação ao clima escolar.
Interessante é que os dados apresentados foram coletados através de relatos dos próprios alunos, tanto surdos quanto ouvintes, levando em consideração a visão que eles têm da escola e de si mesmos, o que pode divergir da realidade.
A obra se embasa nos estudos surdos, principalmente na educação de surdos, como o oralismo, a comunicação total e o bilinguismo, além de compartilhar uma pesquisa descritiva sobre como os surdos enxergam o ambiente escolar e sua relação com o bullying.
O livro enfatiza a questão da identidade do pesquisador como alguém surdo e aborda temas como a vitimização entre os colegas, baseado na teoria da Bioecologia do Desenvolvimento Humano de Bronfen brenner (2011), a definição, classificação e consequências do bullying, os sinais em Libras relacionados ao tema, e o bullying entre surdos, surdos e ouvintes, no contexto escolar.
ISBN: 9788547312507 Casa Editora: Appris Editora; Edição inicial (20 de junho de 2018) Língua: Portuguesa Formato padrão: 101 folhas. ISBN-10: 6525008611 Código de Barras : 978-8547312503 Medidas: 14.8 x 0.6 x 21 centímetros
A inclusão é uma das pedras angulares de uma sociedade justa e equitativa. Ela visa a valorização da individualidade de cada pessoa, reconhecendo tanto suas forças quanto suas limitações. Contudo, quando a inclusão é mal interpretada ou utilizada de forma inadequada, ela pode resultar em injustiças e exclusão.
A verdadeira inclusão entende que tratar igualmente os desiguais não é apenas ineficaz, mas também injusto. As diferenças individuais exigem abordagens específicas para garantir que todos tenham as mesmas oportunidades de participação e sucesso. Por exemplo, no contexto esportivo, colocar atletas de pesos diferentes para competir na mesma categoria seria uma distorção do princípio de equidade, criando uma vantagem injusta para uns e uma desvantagem insuperável para outros. Essa falsa inclusão não apenas prejudica os indivíduos diretamente envolvidos, mas também deslegitima os esforços genuínos de inclusão ao associá-los a injustiças evidentes.
Além disso, a falsa inclusão é
frequentemente manipulada por interesses obscuros e ideologias que
buscam perpetuar as estruturas sociais excludentes. Quando a inclusão é
instrumentalizada para atender a agendas políticas ou econômicas, ela
perde
seu propósito de promover justiça e igualdade. Em vez disso, gera
ressentimento e oposição generalizada, prejudicando a causa inclusiva
como um todo. A verdadeira inclusão, por outro lado, reconhece as
diferenças e ajusta o tratamento dado a cada
indivíduo de acordo com suas necessidades e capacidades específicas,
promovendo um ambiente de participação equitativa.
Para combater a falsa inclusão, é
necessário um olhar crítico e atento às práticas inclusivas. É
fundamental discernir entre ações inclusivas genuínas e aquelas que, sob
o pretexto de inclusão, apenas perpetuam desigualdades e injustiças. A
inclusão autêntica exige um compromisso com a alteridade, ou seja, a
empatia e o respeito pelas particularidades de cada indivíduo, ajustando
as condições de participação de forma a garantir que todos possam
contribuir e beneficiar-se
igualmente.
Um exemplo claro de inclusão
bem-sucedida pode ser encontrado em sistemas educacionais que adaptam
métodos de ensino às necessidades de cada aluno, reconhecendo suas
habilidades e dificuldades. Essa abordagem personalizada não apenas
melhora os
resultados individuais, mas também enriquece o ambiente educacional como
um todo, promovendo o desenvolvimento coletivo.
Em suma, a verdadeira inclusão é aquela que, respeitando as desigualdades individuais, ajusta o tratamento de forma a promover a equidade e a justiça. A falsa inclusão, por sua vez, ao desconsiderar as especificidades de cada indivíduo, acaba por reforçar as exclusões e perpetuar as injustiças. É imperativo, portanto, que a sociedade esteja vigilante e comprometida com práticas inclusivas autênticas, que promovam a igualdade de oportunidades e a justiça social para todos.
* André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos, Inclusão Social e Economia Política.
Escritor, professor, ganhador do Prêmio Best Seller pelo livro “Caminho – a Beleza é Enxergar”, da Editora UICLAP (@andrenaves.def).
Informações:
Assessoria de Imprensa do Defensor Público Federal André Naves
Hoje eu recebi um livro maravilhoso. E ele traz um estudo que evidencia a riqueza dos fóruns que visa a defesa dos direitos humanos de grupos vulneráveis, como é o caso das pessoas com deficiência (PCD), a diversidade dos seus componentes e o seu caráter intersetorial e dialógico.
O campo da gestão social ou gestão do desenvolvimento social apresenta-se com um vasto leque de possibilidades, refletindo práticas multidisciplinares estabelecidas e multi conhecimentos, delineando propostas multi paradigmáticas e tendo um caráter interdisciplinar.
Este trabalho analisa um fórum participativo e intersetorial organizado em rede com o objetivo de promover o processo de defesa da garantia do direito ao trabalho em relação às questões trabalhistas das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, com base na política de ações afirmativas de cumprimento das o mercado da Lei de Cotas.
A análise da literatura mostra que há uma tendência a enfatizar aspectos quantitativos em detrimento da qualidade do tipo de inserções produtivas realizadas. No âmbito da gestão social da FPT, encontramos um maior envolvimento dos departamentos governamentais no debate, conforme documentado nas transcrições analíticas. Por sua vez, os representantes das empresas estão menos envolvidos e mais dedicados à recolha de informações úteis para cumprir as leis de quotas. Curiosamente, a CPD demonstrou um baixo nível de diálogo na elaboração de propostas a serem encaminhadas. Além disso, vale ressaltar que a FPT não realizou monitoramento e avaliação dos tipos de inserções produtivas realizadas, o que foi observado indicou que ainda prevaleciam práticas que poderiam ser classificadas como procedimentos de inclusão marginal e que as ações da FPT não eram conduzidas de forma “produtiva”. O conceito de “inclusão” serve de guia.
Após meu relato número 011, logo ainda no começo de 2024, eu estava muito triste e transtornado por ter que ficar provando a minha real condição, e diagnóstico auditivo.
Por qual motivo eu tenho que sofrer por isso, Meu Deus? Me perguntava. E ainda me cobrava e me culpava por não entender meus colegas de trabalho e chefia. Sendo essa uma cobrança totalmente infundada, já que eu não escolho o grau de audição, e entendimento quando na comunicação das pessoas.
Mas tomei naquela mesma semana a iniciativa de atualizar meus exames. Fui no otorrino, fiz audiometria no fonoaudiólogo, voltei no otorrino e surpresa: o pouquinho que eu ainda escutava, reduziu-se ainda mais. De mal a pior, por assim dizer. Bem, e daí um fato inédito pela primeira vez na vida, fui indicado a cirurgia de implante coclear. E fui convidado pelo médico do plantão a conhecer mais sobre com o Doutor Rafael Freire, médico otorrinolaringologista especialista do assunto que atendia no mesmo local.
Confesso, que o implante até então era um procedimento que eu tinha bastante preconceito, mas pude aos poucos assimilando a ideia e ir esclarecendo cada mito que eu sabia sobre o assunto. Neste mesmo dia, o Doutor Rafael, muito solicito e simpático, me passou muitos exames para saber se meu corpo e organismo realmente podia sustentar esse tipo de cirurgia. E foi-se mais de um mês, quase dois meses para fazer tantos exames.