Os Mitos e as verdades da Surdez – “Os surdos que só escutam quando querem”

Além de não escutar bem, e estar as vezes ansioso ou até mesmo deprimido devido essa deficiência, não poder rir por não ter entender os motivos das risadas quando estamos com os amigos, tenho que ser motivos de piadas de mau gosto e ser acusado de só escutar quando quero.

Esse é o pensamento que muitos tem sobre os surdos: Agora quero escutar, mas agora não quero. Imagem: Reprodução

Será que é realmente assim? Pode até ser alguns surdos possam fingir não escutar para não assumir suas responsabilidades, mas quer saber?

Isso não é característica de um surdo ou deficiente auditivo. Qualquer pessoa pode fazer isso, incluindo quem ouve. Mas para os sinceramente não rotular o próximo, e entender sobre isso, é bom deixar claro que todo surdo pode (ou não) escutar algum tipo de som.

A maioria (não todos) ouve algo, sons de forte intensidade e graves (trovão, foguete, batida de porta e buzina). Alguns surdos conseguem ouvir a voz e escutar a fala ao telefone. Outros devido a sensibilidade ocasional podem “ouvir” demais, ou seja pode se assustar com o mínimo de barulho. 

Um exemplo simples para entender a audição: Assim, como a visão a audição também se efetiva em graus.A impressão de que ás vezes o surdo responde a sons e outras não, fazendo com que o ouvinte pense que “escutam quando querem” deve-se a alguns fatores:

  • a distância da emissão da voz da pessoa que fala;
  • o tipo de som (grave/agudo);
  • a intensidade do som (forte/fraco);
  • e também o nível de atenção do surdo ao som emitido, dentre outros fatores.

Portanto quando na presença de um surdo, não suponha que ao falar com ele e não obteve retorno, que ele apenas não quis ouvir. Na dúvida, vá ate ele, e fale frente e frente. Mesmo que não seja a solução e que ele ainda não entenda, lembre-se que a compreensão, empatia e esclarecimento são as chaves para entender os próximo.

 

 

Quando os surdos ouvirão – uma esperança segura

Ser surdo pode ser desafiador, e já contei aqui,  aqui e aqui sobre alguns dos desafios que carregamos por não compreendermos os sons ou por não sermos compreendidos. Uma coisa é certa, pode ser ainda mais difícil se não entendemos o motivo de nossas limitações auditivas. Talvez culpamos a Deus, ou pensamos que estamos sendo castigados por pecados de nossos pais ou antepassados. Tudo isso não passa de mentiras que um anjo muito mal, conhecido na Bíblia como Satanás, quer que acreditamos.

A verdade é que nascemos imperfeitos e tudo que passamos é em decorrência do pecado de Adão e Eva, logo no inicio da história humana –  Romanos 5:12.

Mas não é o fim, ainda temos esperanças. Já pensou em poder ouvir novamente? Isaías 35:5 diz: Naquele tempo se (…) destaparão os ouvidos dos surdos.  Esteja certo que esta esperança é segura e há de acontecer em breve.

Aqui na minha família, temos vários surdos, inclusive eu e minha mãe que acreditamos firmemente nessa promessa. Tanto é que pedimos para o artista e amigo Winston Marcos*, nos retratar num futuro próximo quando seremos perfeitos, poderemos ouvir, e até cantar, vamos ver o resultado?

*Sobre o Artista:

Winston Marcos é artista gráfico, tem 20 anos e mora em Sooretama/ES. Por meio do Photoshop, ele dá vida a suas imaginações e sentimentos. Ele acredita que um trabalho perfeito se faz bastante cuidado e meticulosa atenção. Winston também é Testemunha de Jeová, e assim como nós aqui, tem esperança de viver para sempre na terra. – Apocalipse 21:4.

Contato: (27) 99790-0566

O direito ao Intérprete é respeitado em parto no Maranhão

Estava difícil controlar a ansiedade para conhecer o pequeno Maykon.

Imagem: Divulgação da Internet

A chegada do terceiro filho do casal Maik e Louize Oliveira é um capítulo especial na vida deles e de muito mais gente, a partir de então.

De acordo com o artigo forma inédita os pais puderam acompanhar e interagir com a equipe médica durante o parto e viver toda essa experiência como se fosse a primeira vez. E foi! Pela primeira vez no Maranhão, um casal com deficiência auditiva conseguiu o direito de ter o acompanhamento de um intérprete de libras durante o nascimento do filho.

Maikon nasceu na Maternidade Marly Sarney na segunda-feira  (7), com 4 kg, 52 cm e muita saúde.

“Eu estou muito feliz, graças a Deus deu tudo certo. Foi muito bom, o médico foi muito atencioso. Com a intérprete foi bem mais fácil a comunicação”, ressaltou a mãe do Maikon.

Emocionado, o pai conta sobre a realização de presenciar o nascimento do novo filho. “Eu tô muito emocionado e muito feliz”, comentou.

Durante a gestação Louize foi acompanhada pela intérprete Jacy Estrela, que é interprete da Central de Interpretação de Libras (CIL), serviço vinculado à Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop). Jacy acompanhou todo o pré-natal, auxiliando a mãe nas consultas médicas, planejamento familiar, exames, até o pós-parto.

“Intermediar essa comunicação foi um momento ímpar, único. O primeiro de muitos que a gente espera que ainda possa vir”, ressaltou a intérprete.

O parto cesariano foi rápido e tranquilo, durou cerca de 15 minutos. Com uma média de vinte partos por dia, a Maternidade Marly Sarney talvez ainda não estivesse ciente da importância do fato que aconteceria ali em algumas horas. Surpreso, o médico do plantão, Paulo Sérgio Gusmão Lemos, ficou contente com a novidade e emocionado por presenciar um momento tão bonito.

O Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. 5º da Constituição do Brasil institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando a sua inclusão social e cidadania.

Parabéns a todos os envolvidos e a maternidade que respeitou a lei por  garantir direitos básicos como acessibilidade, comunicação informação e igualdade, previstos nos artigos 3º ao 6º a família surda.

Fonte: Ma10

Leia também:

O que seria tatuado na nossa testa?

A in-utilidade dos 0800 para deficientes auditivos ou de fala.

A in-utilidade dos 0800 para deficientes auditivos ou de fala.

A Paula Pfeifer do “Crônicas da Surdez” já falou, a Lak Lobato do “Desculpe não ouvi” já reclamou, e hoje é a minha vez, Thiago Perné usar o Blog dos Pernés para chiar, e eu tenho certeza que milhares de surdos já se questionaram sobre a inutilidade dos  atendimentos para surdos, deficientes auditivos ou de fala.

E só para deixar claro, estão em todos os lugares, até no site da ANATEL, vejamos:

No site da Anatel
O Banco do Brasil, avisa Deus e o mundo. Como se isso fosse uma grande vitória para os surdos.
Correios não ficam para trás. E ainda usam o termo depreciativo e que caiu em desuso: portadores.

Agora como esse meio de contato é útil para um surdo, deficiente auditivo e/ou de fala?

Tecnicamente eles tem um aparelho TTD (Telecommunication Device for the Deaf) ou TS (Telefone para o Surdo).

Essa boniteza acima é o tal TDD. E para entenderem como funciona a geringonça que foi inventada em 1964, quando a realidade era outra, e hoje custa cerca de R$ 2.000, compartilho a explicação do Blog da Paula:

Então, o pior não é que a lei está desatualizada, ou nenhum surdo tem esse aparelho caríssimo e ultrapassado em casa e em locais públicos quando encontram estão sempre quebrados. O pior é que mesmo que fosse acessível, o serviço não é funciona e nem é eficaz, muitas empresas os tem apenas para “cumprir a lei”, sendo que o desejável, e o ideal seria o atendimento online via chat, via vídeo conferencia ou até mesmo por SMS.

Provavelmente pensando nisso, a OI “saiu na frente”, e no seu site existe a opção: Envie SMS, para 142:

Será que funciona? Vejamos:

Mensagens SMS, enviadas na segunda, 31/07, quarta 02/08, e hoje 04/08, e sem retorno, o que mostra que as tentativas não obtiveram exito. E aí, como os surdos ficam? Será que devemos cometer fraude e pedir para outra pessoa se passar por nós?

Estes são problemas que ninguém parece se importar. Chega de discriminação! Os surdos estão sendo excluídos dos mais importantes canais de comunicação com empresas, bancos e etc.

Leia também:

Ser surdo: A vida como ela é!

Isenção de IPI na compra de carro para Pessoas com Deficiências

As Pessoas com deficiências – PCD tem direito a isenção de IPI, ICMS, IPVA e IOF ao adquirir veículos, e esta vigora há mais de 20 anos. Este benefício abrange também idosos com sequelas físicas ou motoras.

Em 2013, foi estendida a familiares de deficientes que não podem dirigir. E foram incluídas patologias que reduzem a mobilidade, como tendinite crônica.

Hoje, a lei somente concede a isenção a pessoas com impedimentos de ordem física, visual e mental e a autistas, privando pessoas com outros tipos de deficiência sensorial do direito de usufruir do benefício. Ou seja,  as pessoas com deficiência auditiva não tem esse direito, por exemplo. Mas isso está para mudar, já que o Senador Romário pretende corrigir a “injustiça legal” de não incluir todos os deficientes como beneficiários, de modo que propôs a adoção de um conceito mais amplo de pessoa com deficiência, previsto na Lei Brasileira de Inclusão, que remete à avaliação biopsicossocial, superando somente o conceito médico.

Para Romário, a isenção do IPI é uma forma de contribuir com a mobilidade da pessoa com deficiência, que terá mais facilidade para adquirir um automóvel. O PLS 28/2017 segue agora para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para decisão terminativa. Ou seja, sem necessidade de ir a Plenário, a menos que haja recurso.

Nós aqui do Blog ficamos felizes com a notícia e esperamos que sejamos incluídos na lei, uma vez que padecemos de nossas próprias dificuldades no dia a dia dentro da sociedade, gastamos com pilhas, aparelhos, implantes, moldes e etc. Vamos torcer!

 

 

 

Cadê meu intérprete? – A Necessidade

A comunicação é um fator fundamental para o ser humano e LIBRAS é uma ferramenta que possibilita a interação dos surdos.
Os intérpretes de língua de sinais surgiram devido a necessidade da comunidade surda de possuir um profissional que auxiliasse no processo de comunicação com as pessoas ouvintes. Inicialmente, a atuação era informal, ou seja, pais ou membros da família das pessoas surdas faziam essa função.

Entretanto, para que isso ocorresse de modo formal foi necessário que a Língua Brasileira de Sinais fosse oficializada.
Atualmente há leis em vigor que regulamentam a profissão e determinam a formação desse profissional. Uma dessas leis é a LEI Nº 12.319 DE 01.09.2010 que regulamenta a profissão de Tradutor e Interprete de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Leia mais sobre o Interprete de Libras.

Mas o que faz esse profissional?

Sua função é interpretar de uma dada língua de sinais para outro idioma, ou deste outro idioma para uma determina língua de sinais de maneira simultânea e consecutiva.

O intérprete de Libras é o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função. Ele deve ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação, além de possuir formação específica na área de sua atuação (por exemplo, a área da educação).

No Brasil, o intérprete deve dominar a Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa. Ele também pode dominar outras línguas, como o inglês, o espanhol, a língua de sinais americana e fazer a interpretação para a língua brasileira de sinais ou vice-versa (por exemplo, conferências internacionais).

A função de intérprete exige que sejam seguidos alguns preceitos éticos:

– Imparcialidade (interpretação neutra, sem dar opiniões pessoais);
– Distância profissional (não haver interferência da vida pessoal)
– Confiabilidade (sigilo profissional);
– Discrição (estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação);
– Fidelidade (interpretação deve ser fiel, sem alterar a informação mesmo que seja com a intenção de ajudar).

Área de atuação

A categoria profissional possui código de ética e respaldo institucional, associações de pessoas surdas, Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, Federação Mundial dos Surdos, entre outras. O intérprete de libras deve ser um profissional capacitado e/ou habilitado em processos de interpretação de língua de sinais, atuando em situações formais como: escolas, palestras, reuniões técnicas, instituições religiosas, fóruns judiciais, programas de televisão e etc.

Além disso, o Decreto 5.626 exige que seja garantido interprete para surdos, em consultas médicas em todos os níveis de atendimento, e que toda empresa devem garantir atendimento e tratamento adequado aos surdos, incluindo seus empregados e clientes. Há também um projeto em que Agencias bancárias também tenham essa obrigatoriedade.

 

Cadê meu Intérprete? – A Lei no Brasil

Começamos a falar sobre nossos direitos de interprete, pois de acordo com o post anterior, somos iguais perante a Constituição Federal, não leu? Veja aqui:

Cadê meu intérprete? – O Princípio da Igualdade

Imagem: Reprodução da Internet

Hoje gostaria de ressaltar o que diz DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005, que regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, onde insere a Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular, decreta que as instituições de educação superior devem incluir a Libras como objeto de ensino, e que todos os surdos tem direito a acessoa  saúde e a um tratamento diferenciado, por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras – Língua Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para essa função, bem como o acesso às tecnologias de informação.

 

Sim, está claro que temos direito a um interprete capacitado para uso e interpretação da nossa língua.

No meu caso, aqui na empresa que trabalho não tem, e quando em cursos, reuniões e treinamentos eu fico perdido em grande parte do tempo. Infelizmente é muito constrangedor, humilhante não entender o que outros colegas, ouvintes estão aprendendo em totalidade e eu em apenas uma parte. O evento sempre é chato, por eu não poder participar ativamente mesmo dando o meu máximo.

Cabe a nós surdos, exigirmos nossos direitos e nunca desistirmos.

Cabe a nós, sempre perguntarmos: –  Cadê nosso interprete?

 

 

Cadê meu intérprete? – O Princípio da Igualdade

Hoje vamos iniciar aqui no Blog, uma série de postagens sobre o “interprete de libras” que todos nós surdos temos direito. Primeiramente falando sobre o principio da igualdade.

 

Imagem: Reprodução

A constituição Federal de 1988 adotou o princípio da igualdade de direitos, prevendo a igualdade de aptidão e a igualdade de possibilidades, ou seja, todos os cidadãos têm o direito de tratamento idêntico pela lei, e essa igualdade atua em dois planos distintos. De um lado, diante do legislador ou do próprio executivo, na edição de leis, atos normativos e medidas provisórias, impedindo que eles possam criar tratamentos abusivamente diferenciados a pessoas que se encontram em idênticas situações.

Por outro lado, na obrigatoriedade ao intérprete, basicamente, a autoridade pública, de aplicar a lei e os atos normativos de maneira igualitária, sem estabelecimento de diferenciações em razão de sexo, religião, convicções filosóficas ou políticas, raça, classe social.

 

É isso mesmo, todo surdo tem direito a um interprete. Assim, quaisquer normas que criem diferenciações abusivas no cotidiano de um surdo, sem qualquer finalidade lícita, serão incompatíveis com a Constituição Federal.

 

Dia internacional da Síndrome de Down: Comunicação Acessível

Hoje é o dia internacional da Síndrome de Down,

Gosto de pensar que um cromossomo a mais torna essas pessoas ainda mais lindas, queridas e especiais. Sei que hoje é um dia de lembrar as lutas para essas pessoas e suas famílias, mas também é um dia de glória, pois diante de tantas dificuldades, tem havido muitas vitórias. Por isso uma série de postagens sobre o assunto.

De todas as bandeiras do movimento e luta quanto a inclusão e acessibilidade está a comunicação. E quero direcionar este post para o respeito pela dignidade, pela independência, pela liberdade de fazer as próprias escolhas e pela autonomia individual das pessoas com deficiência, além de maior participação e inclusão na sociedade e pela a igualdade de oportunidades, conforme Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”, ratificada pelo Brasil em 2008.

Esse é o Asher, modelo infantil com Síndrome de Down. Imagem: Reprodução/Facebook/Kidswithdownsyndrome

Já que para que todos esses princípios se concretizem, o acesso à informação é fundamental. E é necessário tornar a comunicação acessível, isso significa adaptar as informações, para que todas as pessoas, inclusive aquelas que tenham alguma deficiência, possam ter plena compreensão de seu conteúdo. As adequações devem ser feitas tanto na forma quanto no conteúdo da mensagem. Também é necessário colocar legendas em materiais audiovisuais, imagens e fotografias é possível que as pessoas com síndrome de Down e outras deficiências intelectuais adquiram conhecimento sobre si mesmas e sobre o mundo que as envolve.

Leia também:

A beleza da diversidade, do talento e do respeito

Compreendendo o “Mundo dos Diferentes”.

A beleza da diversidade, do talento e do respeito

Em 2004, a Unilever lançou a campanha “Real Beleza” da Dove e conquistou a todas (os), até aquelas mulheres consideradas gordas, magras, baixas e altas, de todas classes sociais. Entre elas, estavam as loiras, as morenas, as ruivas, e até as negras.

A campanha foi tão boa que rendeu mais de 2,5 bilhões de dolares de lucro à empresa. Mas, em geral, a sociedade ainda rotula essas mulheres, devido ao padronização da beleza.

Em 2006, a atriz com Síndrome de Down, Joana Morcazel, viveu a Clara, filha de Helena, personagem de Regina Duarte na novela Viver a Vida, da Rede Globo.

Joana Morcazel e Regina Duarte. Imagem: Rede Globo/ Reprodução

Mãe e filha em cena mostraram ao Brasil os desafios de vida e preconceitos que as pessoas com deficiência sofriam e a importância do amor e respeito que devemos ter por todas pessoas independente de deficiência ou não. Mas, apesar da boa aceitação do tema na mídia, o preconceito ainda existe.

Segundo a revista Carta Capital (2016), o trabalho escravo ainda existe no mundo. E, no Brasil, 95% desses trabalhadores são homens.

A realidade no mundo mostra que a ganância massacra o amor. — Infelizmente o trabalho escravo ainda existe. Imagem: Reprodução.

De 1995 até 2016, mais de 50 mil foram libertos de situações análogas a de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana. A notícia é boa, mas infelizmente ainda é cedo pra comemorar.

É triste e até revoltante que, em pleno 2017, ainda existam pessoas tão burras que se acham no direito de diminuir outros por estarem fora dos padrões  de beleza imposto por eles mesmos. E, ainda mais, tão preconceituosas e desinformadas que insistem em não perceber que todas as pessoas com ou sem deficiência são iguais, e tem as mesmas capacidades e necessidades físicas, mentais e emocionais.
E tão cegas para não enxergarem que não é preciso diminuir pessoas com trabalhos humilhantes.

A modelo brasileira Brenda Costa, já rodou o mundo com sua beleza e talento. Detalhe: ela é surda e não permitiu que a deficiência a impedisse de ser uma das tops models mais influentes do mundo. Imagem: Reprodução

 

Leonardo Migiorin e Otávio Mesquita com os talentosos e inteligentíssimos atores com síndrome de Down. Juntos atuaram no filme “Colegas”, e consquistaram a crítica. Com bastante talento, os atores mostraram que uma pessoa com deficiência também pode e deve levar uma vida feliz. — O filme ganhou vários prêmios e até foi cogitado para representar o Brasil no Oscar. – Imagem: Reprodução

 

Gabourey Sindibe é atriz obesa e negra, está fora do padrão da beleza imposto pela sociedade, ainda assim com muito talento deu vida à personagem “Preciosa”, filme que emocionou o mundo e papou vários prêmios incluindo o Oscar e Globo de Ouro de melhor atriz para M’onique, que fez sua mãe, e também de melhor roteiro original. Imagem: Reprodução

Sim. Homens e mulheres, crianças ou idosos podem e devem ser mais amados independente das condições em que se encontram. Não é o status na sociedade, a deficiência ou a falta dela, o desemprego, a cor da pele, o cabelo ou o tamanho do quadril que fará essas pessoas inferiores a outras.

Pense grande, veja além do seu quadrado, que oportunidades existem para todos e somos todos iguais. Quem faz o seu sucesso ou o seu padrão de beleza é você. #DigaNãoAoPreconceito

Veja também:

Artigos sobre Inclusão, Surdez e Língua de Sinais

Crianças com Síndrome de Down encantam a moda goiana